segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ameaçado, Paulo Ramos namora PT e acena a Lindbergh


Ameaçado, Paulo Ramos namora PT e acena a Lindbergh

Deputado diz que será expulso do PDT e prepara mudança

ANDRÉ BALOCCO
Rio - Seis mandatos como deputado, uma Constituinte e dois governos Brizola depois, Paulo Ramos está preparado para deixar o PDT. Decepcionado com os rumos que o partido tomou e os cinco processos de expulsão nas costas, um dos homens que ajudou a refundar o trabalhismo após a Ditadura Militar (1964/1885) bateu o martelo: seguirá na vida partidária.
“O Psol é o partido dos sonhos”, conta Ramos que, no entanto, admite estar de olho esticado em direção ao PT, única e exclusivamente por vislumbrar em Lindbergh Farias, virtual candidato petista ao governo, ‘o novo’ na política carioca. “O Lindbergh não é aquele petista tradicional”, conta. “Por isso vejo chances de apoiá-lo”.
Ramos não engole o esvaziamento do seu partido, por onde se reelegeu, em 2010, com 40 mil votos. Ele está na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), desde 1998.
“Hoje, o PDT já não tem mais qualquer influência. É um partido com donos regionais, não tem identidade nacional e deixou de ter influência”, diz.
A mágoa maior é com Carlos Lupi, o presidente nacional do PDT. O deputado diz que, em um dos processos, Lupi cobra dele R$ 50 mil de indenização, pois com sua oposição à direção nacional, estaria ‘afugentando’ potenciais militantes.
“O PDT deixou de ser alternativa, virou uma legenda secundária. E isto tudo foi feito deliberadamente”.
Ramos descarta qualquer chance de entrar no PMDB — que para ele é independente em relação ao governador Sérgio Cabral, a quem faz oposição ferrenha na Alerj. A política de segurança é o principal foco do oficial aposentado da PM.
“As UPPs não passam de DPOs vitaminados”.

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