Rio -  A presidenta Dilma Rousseff enfatiza, sempre, que não será adotada fórmula de combate à inflação que impeça o país de crescer e os pobres de continuar melhorando de vida. Isso reflete o compromisso, iniciado com a eleição de Lula, há dez anos, que levou o povo brasileiro a ascender socialmente e promover drástica correção de rumos no nosso país.
Mas bastou o tomate subir de preço para voltarem à cena as previsões catastrofistas repetidas desde a saída dos tucanos do poder, pela mão do povo brasileiro, no pleito de 2002. Com que cara ficarão os arautos do caos, ao verem a chegada da safra e com ela a queda do preço? Cada promoção no varejo, que já começou, será um duro golpe nos profetas do apocalipse.
A maior parte desses ‘profetas’ são ex-ministros da era FHC e ex-presidentes do BC, hoje travestidos de consultores, que prescrevem juros altos como único remédio para combater a inflação. Gente que forrou os bolsos com os 45% da Selic, alcançados no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso.
Não que a equipe econômica de Dilma esteja desatenta à necessidade de ajustes. O Banco Central elevou em 0,25 ponto percentual a taxa básica de juros, a Selic. Mesmo com a correção, os juros seguem os mais baixos da história recente.
A inflação é o mais cruel dos impostos, porque pune os mais pobres. O BC está certo em sinalizar que, se necessário, voltará a elevar a taxa. A fórmula, contudo, exige moderação. O atual governo está consciente de que excesso desse remédio pode matar o paciente. Por isso, quem apostar no fracasso da política econômica vai perder a oportunidade de faturar alto com a nova classe média e os milhões de brasileiros recém-chegados, com toda a força, aos poderes do crédito e do ganho de renda. A prioridade para o trabalhador chegou para ficar.
Deputado estadual e líder do PT na Alerj