segunda-feira, 13 de maio de 2013

As aventuras de Rafet El na Turquia


As aventuras de Rafet El na Turquia

Rafael Marques se naturalizou quando atuava no futebol turco e ganhou novo nome

RODRIGO STAFFORD
Rio - Rafael Marques comeu o pão que o diabo amassou no Botafogo. Foi xingado e vaiado pela torcida, até o momento da redenção, quando marcou o gol do título estadual. Apesar da virada que conseguiu, o atacante já teve dias ainda melhores e era queridinho no futebol da Turquia, onde se naturalizou e ganhou até um novo nome.
Rafael Marques ri à toa em treino
Foto:  Divulgação
“Eu me naturalizei. Tirei identidade e troquei o nome para pegar o passaporte e defender a seleção da Turquia. Tinha que ficar cinco anos direto, mas quando fechou o quarto ano fui para o Japão. A naturalização ficou para trás”, conta Rafael.
Ele revelou o seu nome turco: “Era Rafet El. A parte do Rafet era porque meu nome é Rafael e era o mais parecido que tinha. El significa mão. Todo sobrenome tem um significado. Era um nome que já tinha e era parecido com o meu. Queria Rafet Marques, mas não dava”.
A naturalização do atacante era coisa séria, tanto que o treinador da seleção turca à época cogitou convocá-lo:
“Perguntaram para o Faith Terim, que é o técnico do Galatasaray e era da seleção, se caso eu me naturalizasse se teria chance. Ele disse que sim por gostar do meu estilo de jogo e não ter nenhum jogador com as minhas características. Quem tinha era o Hakan Sukur, que estava perto de se aposentar. Aí, os diretores do clube (Manisaspor) correram atrás. Se tivesse continuado, poderia ter jogado como o Mehmet Aurelio”, diz o atacante alvinegro, referindo-se ao volante brasileiro que defendeu a seleção turca.
No início da carreira, Rafael fez seus gols na Ferroviária de Araraquara (SP). A obstinação mostrada nos campos vem desde pequeno, quando, pelo tamanho, tentaram trocá-lo de posição. “Comecei na escolinha da Ferroviária. Joguei salão e fui para o campo. Sempre fui atacante, apesar de muitas pessoas falarem para eu jogar na zaga por causa do tamanho. Meu lugar é perto do gol, ali me sinto bem”, ressalta Rafael.

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