domingo, 19 de maio de 2013

Carol Barcellos conta como foi enfrentar frio e neve na Maratona do Polo Norte


Carol Barcellos conta como foi enfrentar frio e neve na Maratona do Polo Norte

Repórter participou da série 'Fôlego Máximo', exibida no 'Esporte Espetacular'

PAULO RICARDO MOREIRA
Carol Barcellos faz pose no Marco Zero
Foto:  Divulgação
Rio - No meio da imensidão gelada, Carol Barcellos só tinha uma coisa em mente: completar a Maratona do Polo Norte sem riscos para a saúde. A repórter da Globo, uma das sete mulheres entre os 46 atletas, correu os 42 quilômetros da prova suportando temperaturas de até 35 graus negativos. Era tanto frio que ela precisou trocar duas vezes os equipamentos, como os óculos protetores, que ficaram congelados. A aventura faz parte do segundo episódio da série ‘Fôlego Máximo’, que vai ao ar hoje, a partir das 11h15, no ‘Esporte Espetacular’. 
“Nunca tinha participado de nada parecido. É mais uma prova de resistência e sobrevivência do que uma corrida. Mexe muito com a nossa cabeça. Minha maior preocupação era manter as mãos e os pés em movimento, para não congelarem. Nos momentos em que estava correndo sozinha, eu conversava comigo mesma o tempo todo. Falava que estava tudo bem, que eu ia chegar!”, conta Carol.
Adepta das corridas há seis anos, a repórter, de 31, já participou da Maratona de Buenos Aires. No primeiro episódio da série, percorreu os 42 quilômetros do circuito de ladeiras de Jerusalém. Mas, segundo ela, nada se compara ao perrengue pelo qual passou no Polo Norte, uma corrida ainda mais fria do que a Maratona da Antártida, que o repórter Clayton Conservani mostrou no ‘Planeta Extremo’.
“A temperatura baixa e o terreno fazem a diferença. Não é só gelo no percurso. A neve é fofa, o pé afunda. O frio dói de verdade! Com o tempo, mesmo usando roupas e equipamentos apropriados, o corpo começa a congelar”, lembra ela. “Havia tendas de descongelamento ao longo do percurso, para os corredores trocarem os equipamentos”, acrescenta.
Quando soube que correria em condições climáticas tão adversas, Carol ficou preocupada por não ter referência alguma de neve. Mas a possibilidade de conhecer uma região inóspita só aguçou ainda mais o seu lado aventureiro. “Poder correr num lugar inabitado, onde poucas pessoas já estiveram... É uma baita oportunidade para testar o corpo e a mente”, resume.
Para encarar a neve, ela passou por uma dura rotina de treinamento durante cinco meses. Treinei muito, seis vezes por semana. Fiz ginástica, musculação, reforço muscular. Corri na areia, que é o terreno mais parecido com a neve, e fiz corridas mais longas”, diz.
Durante a preparação, o apoio do marido, Bruno Côrtes, que é repórter do SporTV, foi fundamental para Carol. “Se não fosse ele, seria muito difícil fazer qualquer coisa. Bruno é um apaixonado por corrida, já participou de cinco maratonas. Me ajudou muito”, revela.
O coração da jornalista ficou ainda mais apertado por ter deixado a filha do casal, Júlia, de apenas 1 ano, em casa, enquanto se embrenhava na neve. “No fundo, sabia que tinha muita gente me apoiando, torcendo por mim. É importante ter o incentivo da família, dá motivação”, comenta. Entre os incentivadores, estava Clayton Conservani, que acompanhou a prova pela internet. “Ele é o cara, uma referência nisso. Me deu muitas dicas. Ainda estou longe de fazer o que ele é capaz”.
Carol agora está se preparando para o próximo desafio de ‘Fôlego Máximo’, que deve ser gravado no fim do mês e exibido em julho. Ela não pode adiantar o que é, mas garante que não é corrida, nem se passa na neve. “Não gosto de frio. Meu negócio é o Rio, praia e sol!”, diz.

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