Alagoas -  Primeiro a depor ontem no Tribunal do Júri da 8ª Vara Criminal de Maceió no julgamento de quatro seguranças, acusados de matar o tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor, Paulo Cesar Farias, e sua namorada Suzana Marcolino, o caseiro da mansão, Leonino Tenório, disse ao juiz ter recebido ordem para limpar o quarto onde houve os crimes. Vários recursos adiaram por 17 anos o desfecho do rumoroso caso.
Leonino foi o primeiro a depor | Foto: Reprodução
Leonino foi o primeiro a depor | Foto: Reprodução
“Eu entrei na casa e senti um mau cheiro muito forte. Então, perguntei ao Flávio (outro segurança de PC Farias) o que era para ser feito com as coisas que estavam no local. Ele fez uma ligação e falou para eu pegar tudo e jogar fora. Juntei o colchão, o travesseiro e o resto das coisas e toquei fogo”, declarou Leonino.
PC Farias esteve diretamente envolvido nos escândalos que culminaram no impeachment de Collor em 1992. Acusado de corrupção e enriquecimento ilícito, ele foi preso e depois fugiu do país e foi recapturado na Tailândia.
Transferido para Maceió, foi instalado numa prisão confortável, no quartel do Corpo de Bombeiros. Foi ali que conheceu Suzana que se tornou sua namorada.
Logo nas primeiras horas após a morte do casal, a família Farias e a polícia alagoana afirmaram que havia ocorrido crime passional.
Mas investigações do Ministério Público levaram à nova versão, de homicídio duplo.