terça-feira, 14 de maio de 2013

Empresas de Eike Batista sofrem prejuízos contínuos de bilhões


Empresas de Eike Batista sofrem prejuízos contínuos de bilhões

Levantamento aponta perdas do empresário no mercado de ações. Nesta terça-feira, ele precisa de aporte para leilão

DANIEL CARMONA
As seis principais empresas do milionário Eike Batista perderam 26,9% de valor de em 2013 e, no acumulado dos últimos anos, tiveram queda de 62,05%, segundo levantamento divulgado nesta segunda-feira pela consultoria Economática. Enfraquecida, a petroleira OGX divide com a automotiva OSX as desvalorizações que têm levado ao enfraquecimento do que parecia um inabalável império.
Bilhões pelo ralo
Foto:  Agência O Dia
Até o último dia 10, data considerada pela Economática, as divisas da OGX no mercado de ações retrairam 62,8% — o que fez a empresa despencar nominalmente de R$ 14,174 bilhões no dia 31 de dezembro do ano passado para R$ 5,275 milhões (diferença de R$ 8,89 bilhões). Em números absolutos, a petrolífera ficou atrás apenas da Vale, que perdeu R$ 42 bilhões (-19,56%), de R$ 215 bilhões no ano passado para cerca de R$ 173 bilhões agora.
Das empresas avaliadas no levantamento, apenas a CCX, uma das mais novas apostas de Eike e que atua na mineração de carvão, registrou divisas positivas no mercado de ações nos primeiros meses do ano, com 87,8% de crescimento. Na Bolsa de Valores há um ano, no entanto, a CCX ainda recupera as perdas de 2012 (-54,8% desde maio do ano passado). Isso sem falar da perda de fôlego das demais empresas MMX, MPX e LLX.
Com um patrimônio que caiu de R$ 60 bilhões para cerca de R$ 20 bilhões de 2011 para 2012, analistas de mercado apontam que a única maneira da OGX ter fôlego no leilão de petróleo da ANP, que acontece nesta terça-feira no Rio, é com Eike colocando dinheiro do próprio bolso. E isso ele ainda tem.
Protestos no leilão de óleo
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) inicia hoje a 11ª Rodada de licitações de áreas de exploração, leilão que volta a ocorrer depois de cinco anos. São 289 blocos de petróleo e gás, com área equivalente ao território do Ceará.
Integrantes de várias entidades civis e movimentos sociais protestaram ontem, em Brasília, contra a privatização do petróleo. Um novo protesto deve ocorrer hoje no Rio, em frente ao hotel Royal Tulip, em São Conrado, local do leilão.

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