terça-feira, 14 de maio de 2013

‘Eu não faria como Maria Gadú, que se maquia para fazer show’, diz Thammy Miranda



‘Eu não faria como Maria Gadú, que se maquia para fazer show’, diz Thammy Miranda

Se existia um mico certo no início de ‘Salve Jorge’, esse nome atendia por Thammy Miranda. Mas a atriz surpreendeu a todos, ganhou destaque na trama como Joyce, dançou “La Conga” como Lohanna e ganhou um presente de Gloria Perez, a autora da novela, como recompensa: na pele da inspetora, prenderá o grande vilão da história, Russo.
Foto: Divulgação / TV Globo
“Isso é melhor que o Oscar, é o melhor presente da minha vida. Tenho uma gratidão eterna pela Gloria”, diz Thammy. Na entrevista a seguir, a atriz fala do futuro na carreira e diz que não faria como a cantora Maria Gadú, que sobe ao palco maquiada. “Aposto que no dia a dia ela não é daquele jeito”, opina Thammy.
A Gloria disse que sentiu muita vivacidade na primeira vez que te viu…
É muito bom ouvir isso. Fico feliz porque ela, em primeiro lugar, gostou da minha pessoa. E como atriz pude dar esse retorno.
E surpreendeu?
Sempre soube que eu daria o melhor de mim. Mas como eu não tinha feito nada, não sabia até que ponto eu seria capaz de fazer. Agora, sei que é isso que eu quero.
Quando você se deu conta de que a personagem estava bombando?
Logo que teve a transformação (da Joyce em Lohanna), quando fui para a boate e comecei a ajudar na investigação do tráfico.
Você já tem propostas de trabalho? A Globo renovou seu contrato?
Pode parecer mentira, mas ninguém me chamou para nada, nem para renovar, nem para qualquer outro trabalho. Por enquanto, estou empenhada nesta última semana de novela, quero fechar com chave de ouro. Minha imagem como pessoa não impede que eu interprete uma mulher extremamente feminina ou qualquer outro papel.
Um ator é isso, né, Thammy?
Exatamente, posso até raspar a cabeça para fazer um zen budista.
Mas existe preconceito na classe artística em relação a mulheres como você? Você colocaria de lado seu jeito de se vestir para se adequar aos padrões?
Eu não faria isso, não seria eu. Se quiserem me contratar, espero que não seja por causa da imagem que carrego. O papel que posso fazer não depende da roupa que eu visto no meu dia a dia. Sou capaz de fazer qualquer coisa como atriz, mas não mudaria minha imagem como Thammy.
As lésbicas sofrem mais preconceito que os gays?
Não necessariamente, mas as pessoas que se vestem como eu sofrem, sim. Talvez a minha imagem não seja a mais vendável, mas essa é a minha realidade. Posso ir quebrando esse preconceito aos poucos, com oportunidades como essa que a Gloria me deu. As roupas da Lohanna são de periguete, mas também posso fazer uma mulher fina.
O Russo vai ser preso pela Lohanna. Essa promete ser uma das grandes cenas.
Isso é melhor que o Oscar, é o melhor presente da minha vida. Tenho uma gratidão eterna pela Gloria.
E a Lohanna dá um beijo no Russo antes de prendê-lo…
Vou amar fazer e vou surpreender a todos. Vou fazer à vera, como uma policial prendendo um bandido.
Qual foi a última vez que você beijou um homem?
Deve fazer dez anos que não pego homem.
O que você achou da atitude da Daniela Mercury de se assumir?
Não me surpreendeu. Se ela se sente feliz assim… A vida é uma só e muito curta para a gente ficar se prendendo a pequenas coisas. Ela tirou um piano das costas, como ela disse no ‘Fantástico’. Voltando àquela questão da imagem, eu não faria, por exemplo, como a Maria Gadú, que se maquia para fazer show. Ela é uma artista, eu sei. Mas aposto que no dia a dia ela não é daquele jeito. Ela não vai maquiada a uma festa, ela só vai porque é mais vendável.
Mas se você fosse contratada para fazer presença em uma festa e o contratante exigisse que você usasse maquiagem?
Aí, sim, eu iria. Sem problema nenhum. Enquanto eu estiver trabalhando…
Mas a Gadú não está trabalhando quando está no palco?
Eu não sou contra a Maria, mas ela cantando não está vivendo uma personagem. Só acho que isso acontece por esse preconceito da nossa sociedade.
Postado por: Leo Dias às 11:50 pm :: Nenhum comentário

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