quinta-feira, 30 de maio de 2013

Felipão aposta todas as fichas em Oscar

Felipão aposta todas as fichas em Oscar

Sem Ronaldinho Gaúcho e Kaká, meio-campo do Chelsea chega à Seleção com o desafio de ser o camisa 10 do Brasil

RODRIGO STAFFORD E ANA CARLA GOMES
Rio - Enquanto os jogadores aguardavam para fazer os exames médicos, o técnico Luiz Felipe Scolari sentou ao lado de Oscar e assim ficou por 16 minutos. Durante esse tempo, o treinador riu, fez caretas e gesticulou com o jogador que é a sua grande aposta para a Copa das Confederações.
Felipão aposta as fichas no jovem Oscar
Foto:  Carlos Moraes / Agência O Dia
Felipão decidiu não convocar os veteranos Ronaldinho e Kaká por acreditar que o meio-campista do Chelsea é capaz de assumir a histórica camisa 10 da seleção brasileira, que já foi vestida por craques como Pelé, Rivellino, Zico, Rivaldo e Ronaldinho. Oscar se diz preparado para corresponder à altura essa responsabilidade.
”Eu, particularmente, joguei o ano inteiro na Europa. O Jadson, que é meia também, vem jogando muito bem, assim como o Bernard e o Lucas, que podem fazer bem a função. É ter tranquilidade e jogar bem”, disse Oscar no dia da apresentação.
TÍMIDO COM PERSONALIDADE
Apesar de muito retraído e da voz baixa, Oscar tem uma personalidade que impressiona quando calça as chuteiras. Aos 21 anos chegou ao Chelsea, que era o atual campeão europeu, e atuou em 52 partidas, sendo 36 como titular e marcou 12 gols. Além disso, não teve medo em herdar a camisa de um dos maiores ídolos do time azul de Londres: a 11 de Drogba.
“A temporada foi boa. Além do esperado. Joguei quase todos os jogos com o Chelsea”, comemorou o jogador, que foi campeão da Liga Europa esse ano.
Desde muito cedo, Oscar conviveu com a pressão de ser o astro das categorias de base do São Paulo. A saída traumática para o Internacional, em 2010, o deixou impossibilitado de jogar por um mês, em 2012, por causa de problemas judiciais entre Internacional e São Paulo.
Alguns meses depois, foi vendido para o Chelsea por R$ 79 milhões em uma das maiores transferências da história do futebol brasileiro. Agora, Oscar se vê no papel do homem de confiança de quase 200 milhões de brasileiros. E, se depender do aval de Felipão, poderão confiar tranquilamente.


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