quinta-feira, 23 de maio de 2013

Gilberto Braga: Bolsa Família e educação


Gilberto Braga: Bolsa Família e educação

É preciso um elo com educação para que o jovem tenha boas notas e garanta o benefício para a casa

O DIA
Rio - O boato envolvendo o fim do Programa Bolsa Família mostrou o quanto ele é importante para a população e, ao mesmo tempo, como o ‘mercado’ absorve e é movido pelas ‘informações’. Se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre o sucesso e o alcance dos programas distributivos de renda, ela se dissipou definitivamente. A distribuição de recursos pelo Governo cumpre um importante papel de inclusão e regaste social. Se tornou indispensável, irretratável e definitivo, seja quem ocupar o governo, independentemente de quem for o governante e o partido.
O Bolsa Família nasceu em 2003, congregando quatro programas que já existiam de transferência de rendas, com objetivo de exterminar a miséria e a pobreza. Muitos criticam o programa porque “ele dá o peixe sem ensinar pescar”. Os 12 milhões de beneficiários só têm como obrigação manter os filhos na escola e a caderneta de vacinação deles em dia.
Concordo que o programa pode e deve ser aprimorado, que é preciso ensinar a construir a vara de pescar, colocar a linha e o anzol, a isca e pescar. Só que isso tudo não inviabiliza o Bolsa Família, ao contrário, torna maior a necessidade de mudança.
As obrigações do programa devem ser maiores no sentido educacional, fazendo-se uma graduação de acordo com a performance na escola. Filhos que tiram uma nota melhor nas provas garantiriam um benefício maior para a família.
Transferir recursos sem contrapartida de esforço somente é válido para aqueles que estão na situação de extrema pobreza. Uma vez saciada a fome, deve ser preciso suor e esforço dos filhos na escola para garantir mais recursos para a família.
Professor de Finanças do Ibmec

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