São Paulo -  O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, vai custear o tratamento de viciados em crack em clínicas particulares. Chamado “Cartão Recomeço”, o programa, já batizado de ‘bolsa crack’, deve ser lançado hoje, com previsão de repasses de R$ 1.350 por mês a cada família de usuário da droga.
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Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, a proposta é manter em tratamento pessoas que já passaram por internação em instituições públicas. “São casos de internações em clínicas terapêuticas, pelo período médio de seis meses”, afirma.
Ainda não há data para o benefício valer em todo o estado. Por enquanto, apenas dez municípios serão contemplados. As clínicas aptas a receber os pacientes ainda vão ser credenciadas, mas ficará a cargo das prefeituras identificar as famílias beneficiadas. “Saúde pública é sempre para baixa renda. Os Caps (Centros de Atendimento Psicossocial das prefeituras) já têm conhecimento das famílias e fará a seleção”, diz Garcia, sem detalhar quais serão esses critérios.
O pagamento da bolsa será feito com cartão bancário. A ideia é ampliar a rede de tratamento para dependentes e, principalmente, a oferta de vagas para internar usuários.
O trabalho desenvolvido pelo governo de SP  sofre críticas por causa da falta de vagas, especialmente após a instalação de um plantão judiciário no Centro de Referência de Tabaco, Álcool e Outras Drogas (Cratod), no Bom Retiro, centro da capital, ao lado da cracolândia. Entre janeiro e abril, segundo o governo, cerca de 650 pessoas foram internadas após o atendimento no Cratod.
O pagamento do ‘bolsa crack’ sairá do orçamento da Secretaria de Desenvolvimento.