quarta-feira, 29 de maio de 2013

Gustavo Mendes, intérprete da Mãe De Nah, diz que já sabia que faria sucesso

Gustavo Mendes, intérprete da Mãe De Nah, diz que já sabia que faria sucesso

Humorista do 'Zorra Total' que ter um programa de auditório daqui a quatro anos

RODRIGO CABRAL
Rio - Gustavo Mendes não pratica bruxaria, nem tem bola de cristal. Mas, incorporando a vidente charlatona Mãe De Nah, que começa a interpretar em ‘Zorra Total’, o humorista arrisca uma previsão para o futuro: “Quero ter um programa de auditório daqui a quatro anos. É muito audacioso. Nunca falei disso em público. Quero ser a Ellen DeGeneres do Brasil. Ela é comediante, engraçada e ainda emociona”, sonha Gustavo, que, no ano passado, arrancou risadas do público com a imitação da presidenta Dilma Rousseff, no ‘Casseta & Planeta’.
Mãe De Nah, vivida por Gustavo Mendes no ‘Zorra Total’
Foto:  Divulgação

Ele confessa: já foi a uma vidente — e não era de mentirinha. “Foi incrível. Depois que acabou o ‘Show do Tom’, na Record, do qual participei, fiquei na Band um mês criando um programa. Ainda não tinha assinado o contrato. Então, decidi me consultar com uma amiga que joga tarô. Ela disse: ‘Gustavo, você não vai assinar com a Band. Você vai para a Globo’”.
Dito e feito. Hoje, o ator se desdobra entre gravações para a TV e os espetáculos ‘Mais Que Dilmais’, que faz turnê pelo país, e ‘Sarjeta — Meu Mundo Caiu’, em cartaz no Teatro Cândido Mendes, em Ipanema, às terças e quartas. Tudo isso aos 24 anos. Eis um integrante da nova geração de humoristas brasileiros? A julgar pela idade, pode até ser, mas ele engrossa o tom ao falar da nova leva de comediantes.
“O público espera humoristas menos babacas. Exalta-se muito essa geração. Vejo muita gente cheia de si, falando demais, criticando muito os outros e não apresentando nada de novo. Aí, surgiram canais de vídeo na internet, que estão bombando. O cara se vende como a vanguarda do humor, como humor refinado, mas só fala palavrão. É a mesma coisa toda semana. Que humor refinado é esse?”.
Duas coisas são capazes de tirar o humor de Gustavo: rótulos e preconceito. “As pessoas têm mania de rotular tudo: é preto, branco, bom ator, mau ator, gay, bi... Quando ia ser rotulado como o cara que faz a Dilma, apareci fazendo outras coisas”, lembra. “Não suporto qualquer tipo de preconceito. Vivemos num país misturado. Somos católicos apostólicos baianos”, define ele, que vive sendo cantado por homens.
“Mas, quando sabem que não sou (gay), me respeitam. O público feminino também é uma loucura. No Facebook, recebo umas mensagens que me fazem pensar: ‘Pô, tô gostoso! (risos)”, diverte-se ele.
Natural de Guarani, Zona da Mata mineira, Gustavo não esquece o nome do bar que lhe deu o primeiro palco: Empório Artesanal, em Juiz de Fora. Ganhava de R$ 20 a R$ 60 por noite. “E eu era apenas um moleque querendo contar piada”.


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