Marcapasso no cérebro reúne resultados positivo em pessoas com Parkinson
São Paulo - O tratamento já reúne resultados positivos em pessoas com Parkinson e agora é testado para outras doenças, como Alzheimer, depressão e obesidade.
O que faz os eletrodos de estimulação cerebral profunda uma possibilidade de caminho para doenças tão diferentes é o mecanismo de ação, explica o diretor da Comissão de Educação da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), Henrique Ballalai Ferraz.
De acordo com ele, o cérebro funciona em partes e a comunicação entre elas é feita por circuitos de neurônios. Em comum, portadores de Parkinson, depressivos, obesos mórbidos, por exemplo, têm um desequilíbrio na ‘conversa’ entre as regiões cerebrais.
“Em geral, as doenças fazem com que uma dessas áreas do cérebro fique mais sensível do que a outra. O desequilíbrio pode resultar em sintomas variados”, diz o especialista ao descrever como sequelas do “curto-circuito” os movimentos involuntários, o esquecimento, a compulsão por comida ou a tristeza profunda.
“Para o Parkinson, que consiste em uma produção irregular de dopamina, funciona”, diz o neurocirurgião brasileiro Claudio Côrrea que já realizou cerca de 400 cirurgias do tipo, uma delas em seu Antônio.
Indicação precoce
“Os resultados para Parkinson são muito contundentes e o índice de complicação é inferior a 1%”, garante.
“Mas as chances de melhora são maiores para os casos tratados de forma precoce. Infelizmente, ainda temos uma demora na indicação da cirurgia pelos médicos que atendem pacientes, o que limita nossa atuação”, lamenta.
As informações são do IG
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