Médicos denunciados pelo DIA voltam a ignorar compromisso com trabalho em hospital
POR JOÃO ANTONIO BARROS
Rio - Mais um plantão, apenas um papel. Escalados para trabalhar ontem na emergência do Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias, três médicos com cargo de chefia faltaram outra vez o serviço. Junto com outros cinco profissionais, que são diretores e gerentes da unidade, eles foram flagrados pelo DIA nos meses de março e abril aumentando a receita doméstica em outro emprego, bem longe do hospital, na hora em que deveriam atender os pacientes da Baixada Fluminense.
Ontem, após publicação da reportagem, a Secretaria Estadual de Saúde abriu uma sindicância administrativa para apurar as faltas dos médicos nos plantões. A pasta já sabe que eles não usaram o ponto biométrico — aquele feito com a leitura da impressão digital.
No Hospital de Saracuruna, macas com pacientes ficam espalhadas por corredor: Secretaria de Saúde abriu sindicância, e médicos podem ser exonerados | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia
Duas horas de espera
A emergência ficou ontem mais uma vez lotada. O tempo médio de espera de um paciente no atendimento foi, no mínimo, de duas horas. Como O DIA mostrou ontem, os plantões nos finais de semana são os que registram justamente a maioria das faltas dos oito médicos que ocupam cargo de chefia na unidade e são escalados apenas no papel.
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