quinta-feira, 30 de maio de 2013

MP pede mais provas em denúncia de estupro dentro de hospital

MP pede mais provas em denúncia de estupro dentro de hospital

Mulher, que passou por uma operação, denuncia técnico em enfermagem, já demitido do Quinta D’Or

CHRISTINA NASCIMENTO
Rio - Apesar do indiciamento do técnico em enfermagem no caso de denúncia de estupro dentro do Hospital Quinta D'Or, em São Cristívão, o delegado Maurício Luciano, da 17ª DP (São Cristóvão) contou que o Ministério Público indeferiu o pedido de prisão e solicitou mais provas à Polícia. “Isso não muda a situação do acusado no inquérito”, afirmou o delegado.
O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) através da sua Comissão de Ética Profissional, abriu sindicância para apurar o que ocorreu.
Em nota, a entidade afirmou que “fiscais do Coren -RJ foram à unidade hospitalar e também já ouviram o acusado, que terá amplo direito de defesa. Caso venha a se confirmar a denúncia , o Coren pode indicar a cassação do registro profissional ao Conselho Federal de Enfermagem”.
Polícia instaurou inquérito
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar uma denúncia de estupro dentro do Hospital Quinta D’Or, em São Cristóvão. O caso foi noticiado com exclusividade nesta quarta-fiera pelo DIA Online.
Paciente, que estava no Quinta D’Or, relata ter sido abusada duas vezes
Foto:  Reprodução
Segundo Maurício Luciano, uma paciente acusa um técnico em enfermagem de ter abusado dela no último dia 9, após um procedimento cirúrgico no fígado (hepatectomia) e, dois dias depois, novamente, durante um banho. O profissional, a mulher e outras testemunhas já foram ouvidas.
O técnico foi indiciado pela polícia por estupro de vulnerável. A unidade médica abriu um procedimento administrativo e, após averiguações, demitiu o técnico de enfermagem por justa causa.
A alegação é de que ele quebrou protocolo ao acompanhar a paciente sozinha durante o banho. A norma da instituição é que sempre dois profissionais participem do “procedimento de higiene”.
Em depoimento à polícia, a mulher, que tinha feito hepatectomia(procedimento para retirar um parte do fígado para biópsia), afirmou que, ao acordar, viu o profissional lambendo seus seios e mostrando o órgão genital.
“Mas como ela tinha tomado anestesia e outros medicamentos, achou até poderia ter ocorrido alguma confusão mental. Por isso, inicialmente, não falou nada para os parentes”, contou o delegado, que afirmou ainda que não houve penetração.
Dois dias depois, durante o banho, ela acusou o técnico em enfermagem de ter tocado em suas partes íntimas. “A mulher está muita certa do seu depoimento. O técnico nega que tenha ocorrido o episódio. Ele diz que deu banho sozinho, porque a outra funcionária precisou sair para checar o soro”, contou o delegado.


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