'Os juízes querem me deixar politicamente morto', diz Silvio Berlusconi
Itália - O ex-primeiro-ministro da Itália e líder do partido conservador Povo da Liberdade (PDL), Silvio Berlusconi, acusou nesta quinta-feira os juízes de quererem deixá-lo "politicamente morto". As declarações de Berlusconi ao canal de televisão "Tgcom 24" chegaram após a condenação em apelação de quatro anos de prisão por um delito de fraude fiscal no caso Mediaset e que a promotoria de Nápoles pediu o processo pelo susposto suborno a um senador para derrubar o Governo de Romano Prodi em 2006.
Foto: Reprodução Internet
Segundo o político conservador, suas sentenças e seus processos judiciais "chegam em um momento crucial para a história da Itália", enquanto ele e seu partido tratam de "lutar contra a crise em colaboração com o Partido Democrata", fazendo parte de um Executivo de coalizão, no qual também está incluído a Escolha Cívica do ex-primeiro-ministro Mario Monti.
O pedido da Promotoria napolitana de julgá-lo por suposto suborno foi qualificado por Berlusconi de "absurdo", e acrescentou que "sua intenção é condicionar o clima", algo que segundo ele "não conseguirão". Berlusconi expressou sua preocupação pela situação que o país atravessa e afirmou que não derrubará o Governo de coalizão liderado por Enrico Letta. Neste sentido, Berlusconi qualificou o novo Executivo de "caminho de pacificação", já que permitiu colocar fim a dois meses de bloqueio político na Itália após as eleições de fevereiro e perante a incapacidade dos partidos para chegar a uma acordo para permitir a posse.
Berlusconi pediu que sejam separados seus assuntos pessoais dos de Governo, algo que qualificou de "difícil" já que, segundo ele, "as coisas" utilizadas contra sua pessoa "são pesadas".
Em apoio ao líder e em denúncia dos que consideram uma perseguição judicial contra Berlusconi, o PDL convocou hoje uma manifestação para o próximo dia 11 de maio em Brescia, na qual espera-se que Berlusconi apareça.
"Na manifestação de Brescia direi que permanecerei na política, falarei das reformas que a Itália necessita e expressarei minha ideia sobre a reforma da justiça que se baseia na igualdade entre a acusação e a defesa", explicou o magnata.
As informações são da EFE
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