quinta-feira, 13 de junho de 2013

Deputados do PT declaram guerra a prefeito de Niterói

Deputados do PT declaram guerra a prefeito de Niterói

Bancada na Alerj ataca iniciativa de Rodrigo Neves, que criticou pré-candidatura de Lindbergh

ROZANE MONTEIRO
Rio - Lembra da união do PT do Rio em torno da pré-candidatura de Lindbergh Farias ao governo? Caiu do telhado de vez ontem. A bancada petista da Alerj — seis deputados — soltou nota para deixar claro que considerou a reunião de prefeitos em Niterói na terça-feira uma tentativa de “fragilizar” a pré-candidatura do senador. Não faltaram adjetivos como “inaceitável” e “desrespeitoso”.
A reunião foi convocada pelo prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, liderança petista que desponta como alternativa para o governador Sérgio Cabral convencer o PT a retirar a candidatura própria ano que vem. Foram convidados os outros dez prefeitos do partido no Rio, e nove compareceram. Washington Quaquá, de Maricá, não foi porque está na Itália, mas ligou para dizer que aderia ao “coletivo dos prefeitos do PT”. Rodrigo explicou que o grupo considerava a pré-candidatura de Lindbergh um “grande equívoco” do PT do Rio e que, “no momento certo”, iria “buscar a união do PT e PMDB no estado”.
Ontem, a nota azedou de vez o clima: “É inaceitável que um quadro político que ocupa uma função importante, como a Prefeitura de Niterói — e isto em grande parte pelo investimento e trabalho dos militantes e quadros dirigentes do PT — assuma um papel desrespeitoso com o partido.” O documento também lembrou que a escolha de Lindbergh foi feita por unanimidade. Mas, engraçado, nem citou que Cabral e Pezão deram uma força inestimável à campanha de Rodrigo em 2012. O prefeito de Niterói preferiu não comentar a nota.
Senador tem derrota no STF
O ministro José Dias Toffoli, do STF, determinou quebra dos sigilos bancário e fiscal de Lindbergh. A decisão é relacionada ao inquérito que investiga rombo de R$ 356,7 milhões no Fundo de Previdência dos Servidores Municipais de Nova Iguaçu quando ele era prefeito lá.
Segundo a defesa, R$ 320 milhões são de gestões anteriores, e o total foi parcelado. “Não pode haver inquérito com relação a dívida tributária já negociada”, diz o advogado de Lindbergh, Celso Vilardi.



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