segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ex-técnico da CIA se responsabiliza por vazamentos sobre espionagem nos EUA

Ex-técnico da CIA se responsabiliza por vazamentos sobre espionagem nos EUA

Jovem de 29 anos teve acesso a informações secretas quando trabalhou para agência

EFE
Londres - Um jovem americano de 29 anos chamado Edward Snowden, ex-técnico da CIA que trabalhou como consultor da Agência Nacional de Inteligência (NSA) dos Estados Unidos, assumiu a responsabilidade pelos recentes vazamentos sobre a espionagem americana, segundo divulgou neste domingo o jornal "The Guardian".
Snowden trabalhou durante quatro anos para a NSA como empregado de várias companhias beneficiárias de contratos de defesa, sendo a última delas a Booz Allen Hamilton, da qual teve acesso a informações secretas. O jovem passou uma década ligado à inteligência americana, primeiro como engenheiro de computação da CIA, em Genebra, depois como consultor em várias empresas de defesa estrangeiras que colaboram com a NSA, revelou ao "Guardian".

O jornal britânico afirmou que decidiu divulgar sua identidade por vontade expressa de Snowden, que acredita que não fez "nada de mau" e não tem medo do que possa lhe acontecer, apesar do julgamento do soldado Bradley Manning, fonte dos vazamentos do Wikileaks.
"Quero que o foco de atenção sejam os documentos e o debate que espero que gerem entre os cidadãos de todo o mundo sobre o tipo de mundo em que querem viver", disse em entrevista publicada pelo site do jornal. "Minha única motivação é informar o público do que fizeram em seu nome e o que se faz contra ele", acrescentou. Snowden está atualmente em Hong Kong, para onde viajou em 20 de maio após deixar seu trabalho como consultor da NSA no Havaí uma vez colhida a informação e copiados os documentos recentemente divulgados.
Nesta semana, os jornais "The Guardian" e "The Washington Post" divulgaram documentos secretos que indicam que a NSA tinha acesso secreto a gravações telefônicas e da internet de milhões de usuários nos Estados Unidos. O programa massivo de ciberespionagem dos EUA envolveria, ainda, Londres porque, segundo o jornal britânico, o centro de escutas dos serviços secretos do Reino Unido usa desde 2010 um programa secreto americano, Prism, para colher informação privada dos principais servidores de internet.


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