quarta-feira, 12 de junho de 2013

Grupo faz terceiro protesto contra aumento de passagens

Grupo faz terceiro protesto contra aumento de passagens

Manifestação organizada pelo Movimento Passe Livre reuniu mais de duas mil pessoas no centro de São Paulo

IG
O Movimento Passe Livre deu início, por volta das 17h desta terça-feira (11), a mais uma passeata contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, que desde o dia 2 de junho passou de R$ 3 para R$ 3,20.
No momento, os integrantes do ato se concentraram novamente e estão subindo a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio no sentido Paulista, bloqueando o trânsito no mesmo sentido. Na confusão, o vidro traseiro de uma viatura da Guarda Civil Municipal foi quebrado e os manifestantes estão pichando todos os ônibus, além de quebrar o vídro da entrada de uma agência do banco Itaú.
O grupo começou o protesto de hoje pela Praça do Ciclista, na avenida Paulista. Mas, em vez de ocupar a Avenida Paulista como anunciado, os manifestantes desceram a rua da Consolação e desceram pelo Corredor Leste-Oeste, Avenida Liberdade e Praça João Mendes, Praça da Sé e Avenida Rangel Pestana, até chegarem ao Terminal Dom Pedro, sempre acompanhados pela Polícia Militar.
Manifestação contra aumento de passagens em SP
Foto:  iG

A manifestação estava acontecendo pacificamente até chegar ao terminal, quando tentou bloquear suas duas saídas, impedindo a circulação dos ônibus. A Tropa de Choque começou a atirar bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Após minutos de quebra-quebra e confusão, o protesto perdeu força, mas a maior parte do grupo voltou à Praça da Sé, onde um novo confronto contra a Tropa de Choque aconteceu e a estação de metrô foi fechada.
Os manifestantes também quebraram a janela de um ônibus estacionado nas imediações da Praça da Sé e pichou sua carroceria.
Um dos manifestantes foi detido por tentar interromper o trânsito na Consolação na faixa de ônibus, e foi levado ao 78º DP. Outro manifestante também foi detido na entrada do Corredor Leste-Oeste, o que gerou um princípio de tumulto que foi prontamente contido.
Cerca de 400 policiais fizeram a escolta. A PM ainda não divulgou o número de manifestantes, mas há pelo menos duas mil pessoas no protesto.
Contra o aumento
Cerca de 2 mil pessoas participaram de cada um dos dois protestos do MPL contra o preço da passagem de ônibus em São Paulo. No primeiro, na quinta-feira (6), estudantes, trabalhadores e representantes de partidos políticos, caminharam do Vale do Anhangabaú, no centro da cidade, às avenidas 23 de Maio e 9 de Julho, antes de chegar à avenida Paulista.
Na ocasião, a Tropa de Choque dispersou os manifestantes, em sua maioria jovens na faixa dos 20 anos, com bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral, dispersando os participantes do protesto em direção à avenida da Consolação. Os manifestantes jogaram cestas de lixo e fizeram barricadas no meio da Paulista.
Para fugir da repressão policial, parte dos manifestantes se escondeu no Shopping Pátio Paulista, no início da avenida. Ao entrar no local, os manifestantes quebraram o para-brisa de um carro que estava exposto no shopping e o letreiro de uma loja. A PM cercou o centro comercial e chegou a atirar gás na porta do estabelecimento.
Segundo ato
Na segunda manifestação, na sexta (7), o grupo caminhou do Largo da Batata até a avenida Faria Lima, passou pela Eusébio Matoso, em frente ao shopping Eldorado, e entrou na Marginal Pinheiros, em direção à Cidade Universitária, pela faixa local, o que impossibilitou o trânsito dos carros.
Por causa disso, policiais fizeram disparos de bala de borracha com o objetivo de dispersar a multidão. Isso fez com que o grupo entrasse pela avenida Professor Frederico Herman Júnior e ocupasse ambos os lados da via. Os manifestantes foram cercados e a polícia usou bombas de gás lacrimogêneo. Parte do grupo correu enquanto outros manifestantes entraram em novo confronto com os PMs. Depois disso, o grupo seguiu para o Largo da Batata, onde pretendia encerrar a passeata.
Em clima de festa por terem resistido aos tiros de borracha e às bombas de efeito moral – que dispersaram a metade dos jovens –, alguns convenceram outros a aproveitarem o entusiasmo e marcharam mais uma vez até a avenida Paulista.


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