quinta-feira, 13 de junho de 2013

Idoso quer Viagra na cesta de remédio da farmácia popular

Idoso quer Viagra na cesta de remédio da farmácia popular

Aposentado reivindica lista maior de medicamentos com preços mais baixos ou gratuitos

MAX LEONE
Rio - Os idosos querem incluir na cesta básica de medicamentos do programa Farmácia Popular mais opões de remédios, entre eles Viagra e Cialis. As composições são receitadas por médicos em casos de disfunção erétil. Os aposentados reivindicam que eles passem a compor a lista de fármacos com preço baixo ou que são distribuídos gratuitamente por estabelecimentos credenciados pelo governo, mediante apresentação da receita.
“Gasto um salário mínimo com remédios, principalmente com Viagra”, diz Leonide
Foto:  Agência O Dia
A ampliação dos tipos de remédios foi definida em reunião entre representantes das centrais sindicais e de sindicatos de aposentados. A lista será apresentada até amanhã ao governo federal. A decisão de que os remédios serão gratuitos ou terão preço menor será do conselho gestor do programa.
Segundo o assessor de Saúde do Sindicato Nacional dos Aposentados, da Força Sindical, o médico Diógenes Sandim, a proposta é acrescentar mais 30 patologias à cobertura da rede particular de farmácias. Hoje, há remédios gratuitos ou vendidos a preços baixos apenas para diabetes, hipertensão, asma e osteoporose.
Entre as doenças que seriam incluídas na lista estão ansiedade, depressão, hipertrofia prostática, enfarte, gota e úlceras. Antiarrítmicos, antibióticos e sedativos também seriam oferecidos. O médico informa que a cesta passaria a ter 60 princípios ativos diferentes de medicamentos.
“Queremos que o governo dê prioridade aos genéricos e não mais a similares, por não serem confiáveis”, explica Sandim.
O presidente da Cobap, Warley Martins, reclama que os remédios da cesta atual praticamente não são mais receitados por médicos. “Como estamos com aposentadorias defasadas, será boa economia com remédios a custo baixo ou de graça”, diz.
MAIS REIVINDICAÇÕES
CONSELHO GESTOR
Além da ampliação da cesta de medicamentos, os idosos querem fazer parte do conselho gestor do programa Farmácia Popular. O órgão é responsável por definir se a distribuição do remédio será gratuita ou terá custo baixo.
CENTRAL DE ATENDIMENTO
Os idosos vão propor a criação de central de atendimento para assistência farmacêutica. Querem implementar serviço de teleatendimento gratuito, vinculado ao Ministério da Saúde, para tirar dúvidas sobre uso dos medicamentos.
PLANO DE SAÚDE
Até o dia 3 de julho, os aposentados vão apresentar projeto final para criação de um plano de saúde para idosos em todo o país. Uma possibilidade seria a adoção de modelo que tem como base o Sistema Único de Saúde (SUS). Segurados do INSS que ganham mais pagariam uma contribuição. A verba iria diretamente para a rede do SUS.



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