Aristóteles Drummond: A hora de trabalhar
Os governantes e políticos ficaram assustados demais
Rio - Nessas semanas de manifestações, em todo o país, numa explosão de insatisfação generalizada, a exploração política, e sobretudo ideológica, correu solta. E o que seria feito em favor do povo e do progresso nem sempre foi assim.
Os governantes e políticos ficaram assustados demais. E, de certa maneira, deixaram de cumprir o papel de garantir à população a ordem e o direito do ir e vir. Nada pode justificar que tão poucos baderneiros tenham sido presos e estejam respondendo a inquéritos. Em São Paulo, um dos vândalos, gozando de liberdade condicional, é autuado e liberado. O ataque à Alerj, transmitido todo o tempo pela televisão, teve poucas prisões. Com as lojas em Minas, a mesma coisa. O fechamento de estradas, como a Via Dutra, a principal do Brasil, foi apenas acompanhada pelas polícias. Desrespeito ao cidadão.
A crise na economia é fato. O desgaste do Brasil no exterior tem sido brutal e agrava nossos problemas. O comércio com atividades prejudicadas em tantas cidades, e os saques vitimando empresários. Problemas apontados pelos manifestantes, ignorados. Emblemática a questão das Copas que o Brasil tanto pediu e provocando obras que vão ficar, melhorando justamente o transporte das cidades-sede, sofrendo surpreendentes críticas.
As manifestações teriam sido mais positivas sem o vandalismo impune, a intimidação às polícias e os transtornos ao cidadão. E os pacotes do governo devem ser objetivos, diretos e sem fugir ao pragmatismo da busca de resultados. Na reforma política, teria bastado a presidenta apelar para o Congresso votar em 90 dias as propostas já existentes, consolidadas por uma comissão de alto nível, com plenos poderes para colocar em votação projeto que atenda à sociedade. Este plebiscito, se aprovado, vai gerar mais confusão do que solução.
No mais, é questão de gestão, na Educação, na Saúde e nos transportes — tocar o Contorno de Volta Redonda por exemplo —, pois recursos existem, uma vez que sugiram do nada, até para a aventura do aumento do subsídio às tarifas. O povo está atento. E o mundo também.
Jornalista
Os governantes e políticos ficaram assustados demais. E, de certa maneira, deixaram de cumprir o papel de garantir à população a ordem e o direito do ir e vir. Nada pode justificar que tão poucos baderneiros tenham sido presos e estejam respondendo a inquéritos. Em São Paulo, um dos vândalos, gozando de liberdade condicional, é autuado e liberado. O ataque à Alerj, transmitido todo o tempo pela televisão, teve poucas prisões. Com as lojas em Minas, a mesma coisa. O fechamento de estradas, como a Via Dutra, a principal do Brasil, foi apenas acompanhada pelas polícias. Desrespeito ao cidadão.
A crise na economia é fato. O desgaste do Brasil no exterior tem sido brutal e agrava nossos problemas. O comércio com atividades prejudicadas em tantas cidades, e os saques vitimando empresários. Problemas apontados pelos manifestantes, ignorados. Emblemática a questão das Copas que o Brasil tanto pediu e provocando obras que vão ficar, melhorando justamente o transporte das cidades-sede, sofrendo surpreendentes críticas.
As manifestações teriam sido mais positivas sem o vandalismo impune, a intimidação às polícias e os transtornos ao cidadão. E os pacotes do governo devem ser objetivos, diretos e sem fugir ao pragmatismo da busca de resultados. Na reforma política, teria bastado a presidenta apelar para o Congresso votar em 90 dias as propostas já existentes, consolidadas por uma comissão de alto nível, com plenos poderes para colocar em votação projeto que atenda à sociedade. Este plebiscito, se aprovado, vai gerar mais confusão do que solução.
No mais, é questão de gestão, na Educação, na Saúde e nos transportes — tocar o Contorno de Volta Redonda por exemplo —, pois recursos existem, uma vez que sugiram do nada, até para a aventura do aumento do subsídio às tarifas. O povo está atento. E o mundo também.
Jornalista
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