quinta-feira, 4 de julho de 2013

Compartilhar conhecimento que não se aprende na escola vira negócio

Compartilhar conhecimento que não se aprende na escola vira negócio

Easyaula proporciona encontro de profissionais que querem ensinar com pessoas que precisam se aperfeiçoar

IG
São Paulo - Quando estava na faculdade, Diego Alvarez, 29 anos, como vários de seus colegas do ITA, em São José dos Campos, dava aulas particulares nas horas livres e começou a perceber que existem muitas coisas que as pessoas não aprendem na escola. Três anos depois de se formar em engenharia da computação, ele não dá mais aulas, mas criou uma plataforma para que profissionais de diversas áreas possam compartilhar conhecimentos com quem sente necessidade de saber mais – e cobrar por isso.
O Easyaula, criado em maio de 2011, é a quarta e última startup apresentada pela série sobre o mercado de tecnologia e educação brasileiro publicada pelo iG. Ainda durante o período de estudos, Alvarez fez estágio na Microsoft e no Google nos Estados Unidos, quando aprimorou sua ideia inicial ao pesquisar novas empresas que proporcionavam ensino voltado ao mercado de trabalho. De volta ao Brasil, oito meses depois de se formar, começou a botá-la em prática em conjunto com o sócio Victor Campos, 21 anos.
“Nossa proposta é fomentar o aprendizado de habilidades que não são ensinadas na escola, mas que complementam a formação e ajudem na carreira. São coisas práticas que podem ser utilizadas no dia a dia”, diz Alvarez.
Diogo Alvarez e Victor Campos são os sócios da Easyaula
Foto:  Divulgação
O Easyaula estreou oferecendo aulas particulares. Em junho de 2012, enquanto a startup passava por um processo de aceleração, mudou o modelo de negócios e passou a organizar aulas em grupo, mas ainda presenciais. Com 150 opções disponíveis neste modelo, em março deste ano a empresa lançou o primeiro curso online, chamado "Como estudar nos Estados Unidos", com Gustavo Haddad, brasileiro que obteve a maior nota no SAT, o Enem norte-americano.
Nos dois formatos, os professores especialistas não precisam pagar nada para anunciar o curso nem usar a plataforma para receber o pagamento, mas repassam uma comissão à Easyaula das taxas de inscrições. Para garantir a qualidade dos cursos oferecidos, a empresa faz um trabalho de curadoria forte.
"Pedimos currículo, fazemos entrevista, olhamos o material do professor. Não queremos competir com videoaulas de universidades, mas temos profissionais gabaritados de grandes empresas, como Microsoft, Google, Peixe Urbano. Os professores são o nosso diferencial", explica Alvarez.
Entre os cursos de maior sucesso estão "Como criar apresentações inspiradoras", "Como negociar", "Como falar bem em público", "Como fazer um plano de negócios" e "Edição de vídeos". Segundo Alvarez, são aulas que podem ser ministradas online sem perder a qualidade, ao mesmo tempo em que é possível atingir mais pessoas.
A ideia agora é novamente dar uma guinada nesse sentido e migrar a maioria deles para a plataforma de ensino a distância. Uma ferramenta para disponibilizar o Easyaula pelo celular também foi lançada, para que as pessoas possam assistir às aulas em trânsito. Mas segundo Alvarez, não são videoaulas e o forte da plataforma é que ela permite interação entre professores e alunos, através de fóruns e compartilhamento de arquivos.
"Queremos ajudar as pessoas a entrarem e terem melhores chances no mercado de trabalho. Se a tecnologia ajudar nisso, melhor", conclui.
As informações são de Tatiana Klix


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