sexta-feira, 26 de julho de 2013

Editorial: Debate para a Saúde

Editorial: Debate para a Saúde

O que não dá para aceitar é deixar a Saúde brasileira mal parada, cheia de lacunas

O DIA
Rio - É salutar que se discutam mudanças no Programa Mais Médicos, que gerou grande controvérsia no Brasil em diferentes frentes. As iniciativas, já debatidas neste espaço, têm basicamente dois pontos de discórdia: a residência obrigatória no SUS a todos os universitários e a convocação de profissionais estrangeiros. Como O DIA mostra hoje, já se desenham os primeiros ajustes no pacote federal.
A residência compulsória seria condição para a obtenção do diploma. No plano do governo, após seis anos nas salas de aula e laboratórios, o aluno passaria mais dois no estágio e só então receberia o grau. Agora, estuda-se manter a duração da graduação, depois da qual, já diplomado, o estudante cumpriria a residência.
Vale lembrar que as medidas entrarão em vigor para as turmas iniciadas em 2015, o que dá tempo para mais debates e ajustes.
O que não dá para aceitar é deixar a Saúde brasileira mal parada, cheia de lacunas. Se não traz o melhor dos mundos, o Mais Médicos foi o primeiro avanço em anos para melhorar o setor. E despertou discussão sobre o papel das universidades. Há que se formar mão de obra capaz para suprir a carência de profissionais no Brasil, mas faculdades brotam com o objetivo de atrair gente mais interessada em si do que no outro.
De novo, porém, reforça-se a necessidade de ver a questão do suporte. O problema da Saúde não é só de pessoal, e todos sabem que a infraestrutura deficiente ajuda a desequilibrar a oferta de gente. Sem atacar essas falhas, de nada adiantarão residências ou médicos estrangeiros.


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