terça-feira, 23 de julho de 2013

Em nota, PM diz que prendeu sete manifestantes durante protesto

Em nota, PM diz que prendeu sete manifestantes durante protesto

Segundo a corporação, as prisões foram feitas para reprimir atos de vandalismo e incitação à desordem. Dois PMs foram feridos

O DIA
Rio - A Polícia Militar (PM) informou, por meio de nota divulgada nesta terça-feira, que prendeu sete pessoas durante a manifestação desta segunda à noite, em frente ao Palácio Guanabara, onde o Papa Francisco foi recepcionado por autoridades brasileiras.
Segundo a PM, as prisões foram feitas para reprimir atos de vandalismo e incitação à desordem. Um dos manifestantes estaria, de acordo com a polícia, portando 20 coquetéis molotov.
Feministas exibem os seios em protesto e são vaiadas por peregrinos no Largo do Machado
Uanderson Fernandes / Agência O Dia
De acordo com a nota, a polícia foi atacada com pedras, morteiros e coquetéis molotov. Um dos artefatos incendiários atingiu o cabo Claudio dos Santos Souza do 41º BPM (Irajá), que teve queimaduras pelo corpo. Outro militar também foi ferido. Ambos foram levados para o hospital daç corporação, no Estácio.
A PM diz que respondeu com bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, balas de borracha e um canhão de água, apenas depois de agredida.
Fotojornalista foi ferido durante protesto na Zona Sul do Rio
Foto:  Uanderson Fernandes / Agência O Dia
Na delegacia do Catete, duas pessoas foram presas em flagrante, uma pelo porte de artefato incendiário e desacato e outra por formação de quadrilha, que acabou sendo liberada mediante o pagamento de fiança de R$ 1 mil. Outras cinco pessoas foram apenas autuadas, sendo duas por desacato, duas por incitação à violência e uma por exposição ao perigo. Um menor também foi encaminhado à delegacia, mas liberado em seguida.
As notas da Polícia Militar e da Polícia Civil divergem quanto ao número de coquetéis molotov encontrados com manifestantes. A PM diz que o preso estava com 20 artefatos incendiários, enquanto a Polícia Civil afirma ter apreendido 11.
Noite de tumulto e confronto
Após o fim do protesto, vários manifestantes foram para a 9ª DP (Catete) exigir a soltura de todos os detidos. O Batalhão de Choque reforçou a segurança no local. No início da madrugada o clima ficou tenso. Os PMs chegaram a lançar gás de pimenta para tentar dispersar as pessoas.
O grupo resistiu e fechou um trecho da Rua do Catete, no acesso à Rua Pedro Américo. Da delegacia alguns seguiram para o TJ, no Centro, para acompanhar a solicitação de habeas corpus para Bruno Ferreira Teles, acusado pela polícia de portar uma mochila com explosivos e de desacato.
Dois dos detidos são membros do grupo Mídia Ninja, que faz a cobertura ao vivo das manifestações. O peregrino Roberto Melo Cassiano foi levado para a delegacia e autuado por desacato e resistência.
Em entrevista à Rádio CBN, ele contou que mostrou a um policial do Batalhão de Choque a camisa da Virgem Maria que usava. Ele disse que foi detido após mostrar a imagem da camisa a um PM do Choque e dizer que a santa não estava gostando do modo de agir da PM contra os manifestantes.


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