quinta-feira, 4 de julho de 2013

Forças Militares anunciam queda de Mursi

Forças Militares anunciam queda de Mursi

Constituição é suspensa e Exército anuncia governo interino

O DIA
Cairo - O chefe das Forças Militares do Egito, general Abdel Fatah al Sisi, anunciou nesta quarta-feira a deposição do presidente Mohamed Mursi. A Constituição foi suspensa e os militares declararam um governo interino, no qual Adli Mansour, chefe da Corte Constitucional, tomará posse na quinta-feira. Na segunda, o Exército deu um ultimato a Mursi de 48 horas para que atendesse às demandas do povo. Ele anunciou, no entanto, que não sairia do poder.
O presidente deposto colocou líderes da Irmandade Muçulmana nos mais importantes cargos do governo, o que causou profundo descontentamento da população. Além disso, o povo não viu nenhuma melhoria social desde que Mursi assumiu o poder há um ano. Devido à insatisfação geral, o Exército afirmou que a atitude de retirar o presidente do poder não é um golpe de estado, mesmo Mohammed Mursi tendo sido escolhido por eleições democráticas. Agora, as Forças Armadas assumirão a tutela do governo até as próximas eleições.
Jovem pintou o rosto com as cores da bandeira do Egito
Reuters e EFE
Em sua conta no Twitter, Mursi pediu a seus partidários que "resistam pacificamente" ao "golpe militar completo" anunciado pelo general Abdel Fatah al Sisi. Ordens do serviço de segurança egípcio proibíram que Mursi deixe o país. Até o momento, não se sabe a localização do presidente deposto.

A população comemorou o pronunciamento das Forças Armadas como fogos de artifício. Nos últimos dias, pelo menos 16 pessoas morreram nos protestos e 200 ficaram feridas, segundo a agência de notícias Reuters. Em 2011, o Exército egípcio também teve papel decisivo para a queda do ditador Hosni Mubarak que estava há 30 anos no poder.


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