sexta-feira, 5 de julho de 2013

Frio eleva os riscos de infarto

Frio eleva os riscos de infarto

Idosos são mais afetados com queda de temperatura, que causa aumento da pressão arterial

O DIA
Rio - Os dias frios, típicos do inverno, são perigosos para a saúde do coração. Baixas temperaturas, principalmente as menores de 14 graus, podem aumentar em até 30% os índices de infarto. Idosos, hipertensos e diabéticos formam o grupo de maior risco.
De acordo com o médico do Instituto Nacional de Cardiologia Felipe Pittella, o frio aumenta a espessura do sangue e a pressão arterial. Um dos motivos é a maior concentração de fibrinogênio, proteína produzida pelo fígado e que, em excesso, pode obstruir artérias, favorecendo o infarto agudo do miocárdio.
“O frio prejudica, principalmente, aqueles que já têm doença cardíaca, mas pode afetar quem não tem ou não sabe que tem”, declara.
Luís Antônio Machado, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, explica que, no frio, as artérias se contraem para não perder calor. Com isso, o espaço para a passagem do sangue fica menor e a pressão arterial sobe, o que também favorece o infarto. “No frio, doenças como hipertensão ficam mais intensas”, disse.
Os principais sintomas do infarto são desconforto na região que vai do estômago ao nariz e dor no peito. O socorro ao paciente deve ser imediato. O tratamento geralmente inclui cateterismo e uso de medicamentos para desobstruir as artérias.
Cobertor, vacina e exercícios físicos
A prevenção contra problemas cardíacos no inverno vão além de manter corpo e casa bem aquecidos. Segundo Luís Antônio, sobretudo pessoas com mais de 65 anos devem tomar a vacina contra a gripe, fazer acompanhamento médico e exercícios regulares, especialmente no inverno.
Já Pitella alerta que pessoas com fatores de risco, como colesterol elevado, tabagismo e obesidade devem evitar mudanças inesperadas de temperatura, principalmente do quente para o frio. “A alteração súbita pode agravar sintomas de dor no peito e aumentar o risco de infarto e acidente vascular cerebral”, explica.



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