segunda-feira, 1 de julho de 2013

Multidão lota bares para vibrar com show e título da Seleção

Multidão lota bares para vibrar com show e título da Seleção

Por todos os cantos da cidade, torcedores exibiam orgulhosos a Bandeira Nacional e camisas canarinho ao longo do dia

ALESSANDRO LO-BIANCO , CAIO BARBOSA , CARMEN LUCIA , CARLOS BRITO , KARINA MAIA E MARIA INEZ MAGALHÃES
Rio - Milhares de cariocas e turistas que não puderam ir ao Maracanã lotaram, desde o fim da manhã, bares e restaurantes em vários pontos do Rio. Nas ruas, para onde se olhava, podiam ser vistos torcedores vestindo a camisa da Seleção Brasileira. A ansiedade, obviamente, dominava os fãs de Neymar, Fred, Júlio César e cia.
No Leblon, bairro onde a concentração de torcedores costuma ser grande, era difícil achar uma mesa vazia nos estabelecimentos com TV. No Botequim Informal, três gerações de uma mesma família curtia a final da Copa das Confederações em alto astral.
Perto do cordão humano feito por policiais no entorno do Maracanã, criança faz sua manifestação nada silenciosa
Foto:  José Pedro Monteiro / Agência O Dia
“Temos que estar animados, pois a Seleção está jogando demais. Sem contar que o Hino Nacional cantado do jeito que foi deixa qualquer um emocionado”, afirmou a hoteleira Evelyn Willson.
Perto dali, o casal Ricardo e Silvia Albaneze via o jogo na calçada de um restaurante. “Vamos comemorar no meio da rua. O importante é o Brasil jogar bem e ser tetracampeão da Copa das Confederações”, disse Ricardo.
Lapa 'bombando'
No bar Rota 66, cinco amigas contavam, às gargalhadas, da aposta que haviam feito na noite anterior com um grupo de espanhóis em outro bar da cidade. “Ficamos amigas deles e combinamos que quem perdesse pagaria caixa de cerveja para o outro”, contou, rindo, a designer Juliana Abrahão, logo após o segundo do Brasil, marcado por Neymar numa jogada da seleção brasileira.
Grupos em bares vibram durante o show de bola dado por Neymar, Fred e cia, ontem à noite: alegria escancarada
Foto:  Fernando Souza / Agência O Dia
Na Lapa, tradicional reduto boêmio do Rio, o Boteco da Garrafa se vestiu de verde e amarelo para torcer para o time comandado por Felipão.
Rodeado por quatro mulheres, o soldador Vinícius Gomes sorria de orelha a orelha: “Se olhar em volta, vai ver que só eu estou acompanhado de tanta mulher. Elas insistiram, acabei trazendo.”
O casal de bancários Mariana Alves e Ivan Manghi também era a imagem da alegria. “No bar é melhor. Sempre tem a animação da galera torcendo, o que deixa tudo mais emocionante”, afirmou Ivan.
Torcedora posa no 'caveirão' da Polícia
Foto:  José Pedro Monteiro / Agência O Dia
Festa une torcidas adversárias
Se os brasileiros faziam a festa com a brilhante atuação do time de Felipão, a situação não era das melhores para dois espanhóis que estavam no bar acompanhando a partida. Ao lado das namoradas brasileiras, Pedro Javier, 48, coordenador de empresas, e Miguel Garcia, 48, gerente de produção, tentavam mostrar confiança no time espanhol até o último momento. “A Espanha está aquecendo. Sempre há tempo para vencer”, disse Pedro. A namorada, Catia Prudente, 42, empresária, tentou mudar sua cabeça, mas não teve sucesso. “Se ele quer sofrer, fazer o quê? Eu já disse, hoje vai dar Brasil, não tem jeito.”
Do outro lado da mesa, Miguel, desistindo de uma possível virada da Espanha, lembrou que tudo tem seu lado bom. “Pelo menos eu tenho o colo da minha brasileira aqui para me consolar”, disse ele sobre a amada, a vendedora Aline Ribeiro, 25. Conformada com a derrota nos pênaltis para a Itália, a uruguaia Ana Lúcia Dubra, 31, elogiou o Brasil. “Antes era uma seleção, agora é um time.”


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