Servidores do Governo do Estado participam de confronto na Câmara
Funcionários se envolveram em enfrentamento entre manifestantes pró e contra a CPI e foram parar na delegacia

Servidor Leandro Carlos (ao lado de Sérgio Cabral) foi detido por agressão
Foto: ReproduçãoOs homens, chamados de ‘milicianos’ por manifestantes que são contra a CPI, foram levados para a 5ª DP (Mem de Sá), onde foram reconhecidos por pelo menos duas pessoas por agressões e ameaças. Os processos dos suposto crimes, considerados de baixo potencial ofensivo, serão encaminhados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).
Na delegacia, o grupo negou qualquer envolvimento com milícia e alegou que também sofreu ameaças de manifestantes. Dois dos detidos disseram ter sofrido lesões e foram encaminhados para exames de corpo de delito. De acordo com a 5ª DP, nenhum dos nove acusados têm passagem pela polícia. Em depoimento, alguns disseram serem vigias e, outros, se declararam desempregados.
No plenário lotado, ânimos exaltados, vaias e aplausos
Quando o relógio do Plenário marcou 10h, a gritaria começou. O presidente da Comissão, Chiquinho Brazão (PMDB), mal conseguiu abrir a sessão. Eram vaias de um lado e aplausos do outro. “Quem vem contra ou a favor é bem-vindo”, comentou o vereador, até que um tênis quase o atingiu. A ‘sapatada’ veio da galeria A.
Na ala dos ‘a favor’, preenchida com vários membros da juventude do PMDB, poucos sabiam do que realmente se tratava a CPI. “Não sei muito disso, mas me chamaram, e eu vim pra ver”, disse Carlos Moreira, morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, que engrossava o coro do “Fica, Brazão!”.
No fim da audiência, mais uma sessão foi marcada. Será na próxima quinta, no Plenário, às 10h e aberta ao público. Será?
Ruas no entorno da Casa se tornam campo de batalha
Pouco tempo depois do início da primeira sessão da CPI, o campo de batalha que se tornou o plenário Câmara passou para o lado de fora da Casa. Depois de uma confusão para conseguir senha para a sessão, pessoas contrárias à comissão e outras a favor entraram em confronto nas ruas.
Manifestantes entraram em confronto com supostos milicianos nas ruas do Centro
Severino Silva / Agência O Dia
A PM fez bloqueios no entorno da Câmara. Na Rua Alcindo Guanabara, na lateral do prédio, somente jornalistas e pessoas credenciadas podiam transitar pela via. O vereador Leonel Brizola Neto (PDT) só conseguiu entrar pós discutir com os policiais: “Eu, vereador da Câmara, ser impedido de entrar na Casa. É um absurdo”, desabafou.
Em meio ao clima de tensão, parte do comércio fechou as portas. Às 15h, cerca de 50 ativistas fecharam a Avenida Rio Branco.
Jornalistas hostilizados e agredidosPelo menos quatro jornalistas foram hostilizados e agredidos durante o tumulto na Câmara ontem. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) publicou <MC0>nota, em seu site, reafirmando a preocupação com o clima de hostilidade contra a imprensa que vem marcando a cobertura dos protestos.
Cirilo Junior, do portal Terra, foi um dos profissionais agredidos. Em reportagem no site, ele apontou Jéssica Ohana, presidente da Juventude Nacional do PMDB, que apoia a atual composição da CPI, como a líder do grupo que agrediu os jornalistas.
O Sindicato dos Jornalistas do Rio pediu ontem ao comando da PM o fim da violência dos policiais contra a imprensa durante a cobertura das manifestações e, em nota, também citou as agressões contra os jornalistas na Câmara dos Vereadores.
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