quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Caso Juan: Sentença de PMs deve ser definida nesta quinta-feira

Caso Juan: Sentença de PMs deve ser definida nesta quinta-feira

Julgamento dos policiais entra no quarto dia. Início na sessão desta quinta sofre atraso por conta da demora na chegada de promotor e defensora

VANIA CUNHA
Rio - A sentença dos quatro PMs acusados de matar Juan Moraes, 11 anos, deve ser definida nesta quinta-feira, quarto dia de julgamento na 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. O início da sessão desta quinta sofreu atraso por conta da demora na chegada do promotor e densora, por conta de engarrafamento.
A fase final do julgamento deve ser marcada pela defesa levantando o debate de que os tiros que mataram o menino, em 2011, partiram de traficantes, e não dos militares do 20º BPM (Mesquita). Desde segunda-feira, os advogados insistem nas perguntas sobre a atuação do tráfico no bairro Danon às testemunhas. A promotoria descarta a tese e afirma que, pela posição dos militares apontada por testemunhas, os tiros partiram deles.
Menino foi morto em 2011 durante operação da polícia na comunidade Danon
Foto:  Paulo Alvadia / Agência O Dia
Nesta quarta-feira, os quatro réus foram ouvidos até o fim da noite. Dois deles, Isaías do Carmo e Edilberto Barros, afirmaram ter trocado tiros com traficantes naquela noite. Eles disseram ter disparado 11 e 20 tiros de fuzil, respectivamente. Os acusados ressaltaram que socorreram Igor de Sousa, 17, que também morreu. Edilberto disse aos jurados, em seu relato, que é inocente. “Se tivéssemos ido lá para exterminar, o Isaías não teria gritado para eles pararem de correr.”
Relembre o caso
Os policiais militares Isaias Souza do Carmo, Edilberto Barros do Nascimento, Ubirani Soares e Rubens da Silva são acusados de dois homicídios dolosos (com intenção de matar) qualificados (motivo torpe e sem chance de defesa das vítimas) contra Igor Souza Afonso e Juan Moares Neves, além de duas tentativas de homicídio doloso, também duplamente qualificado, contra Wesley Felipe Moares da Silva e Wanderson dos Santos de Assis.
Os crimes aconteceram em junho de 2011, durante uma operação do 20°BPM (Mesquita) na Favela Danon, em Nova Iguaçu.

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