Obama concede entrevistas para convencer público de ataque à Síria
Presidente norte-americano busca respaldo da opinião pública para intervenção militar dos EUA
EUA - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concedeu nesta segunda-feira uma série de entrevistas a seis emissoras de televisão para tentar convencer tanto os indecisos no Congresso como a opinião pública da necessidade de uma intervenção militar limitada na Síria.
Apesar da ofensiva de Obama para convencer os céticos, são poucos os legisladores nas duas câmaras do Congresso que se mostram dispostos a apoiar o lançamento de mísseis contra a Síria. O jornal "USA Today", por exemplo, publicou hoje que só 22 membros do Senado e 22 legisladores da Câmara dos Representantes apoiariam definitivamente o uso da força contra Damasco. O Comitê de Relações Exteriores do Senado aprovou na semana passada uma resolução que autoriza um ataque militar limitado de até 90 dias e proíbe a entrada de tropas americanas em solo sírio. O plenário do Senado deve realizar uma votação a partir da próxima quarta-feira, mas a resolução tem que ser aprovada em ambas câmaras do Congresso.
Obama receberá os canais "ABC", "CBS", "NBC", "CNN", PBS e "Fox News" na Casa Branca como parte de sua ofensiva para obter o apoio de um Congresso que, por enquanto, se mostra relutante em apoiar um ataque militar contra a Síria por seu suposto uso de armas químicas no mês passado. Embora a Casa Branca não tenha planos de divulgar detalhes dessas entrevistas, é provável que Obama as utilize para argumentar que a comunidade internacional não pode deixar impune o ataque com armas químicas do dia 21 de agosto e que, segundo os EUA, foi ordenado pelo regime de Bashar al Assad e deixou mais de 1.400 mortos.
O líder americano também se deslocará ao Capitólio amanhã para uma reunião com os líderes do Congresso. No dia seguinte, Obama pronunciará um discurso pela televisão a partir das 21h locais (20h de Brasília), para dirigir-se ao público americano que, segundo as enquetes, se opõe a uma terceira intervenção militar dos EUA no Oriente Médio, após as guerras do Afeganistão e do Iraque.
O presidente da Síria,Bashar al Assad, também tem concedido entrevistas com o objetivo de advertir sobre as consequências de um eventual ataque militar contra Damasco. O governo sírio afirmou que poderia aceitar uma proposta russa para que seu arsenal químico fique sob controle da comunidade internacional. A Administração de Obama disse que estudará cuidadosamente essa proposta com as autoridades de Moscou, apesar de a ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, ter afirmado hoje que esta iniciativa não pode servir de desculpa para uma demora ou obstrução. Outros altos funcionários do governo americano, entre estes a assessora de Segurança Nacional, Susan Rice, e Tony Blinken, garantiram hoje que os Estados Unidos têm provas "convincentes" de que Assad é o responsável pelo ataque com armas químicas e que a inação do Congresso resultaria em graves consequências para a segurança nacional dos EUA.Apesar da ofensiva de Obama para convencer os céticos, são poucos os legisladores nas duas câmaras do Congresso que se mostram dispostos a apoiar o lançamento de mísseis contra a Síria. O jornal "USA Today", por exemplo, publicou hoje que só 22 membros do Senado e 22 legisladores da Câmara dos Representantes apoiariam definitivamente o uso da força contra Damasco. O Comitê de Relações Exteriores do Senado aprovou na semana passada uma resolução que autoriza um ataque militar limitado de até 90 dias e proíbe a entrada de tropas americanas em solo sírio. O plenário do Senado deve realizar uma votação a partir da próxima quarta-feira, mas a resolução tem que ser aprovada em ambas câmaras do Congresso.
Notícias Relacionadas
Nenhum comentário:
Postar um comentário