'Eles disseram que minha mãe não tinha sido baleada', diz filha de manicure
ivil e militar teriam atirado em suposta perseguição e não socorreram a vítima. Os dois foram indiciados por homicídio
POR FELIPE FREIRE
Filha de mulher morta por bala perdida mostra foto da mãe | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
“Eles disseram que minha mãe não tinha sido baleada porque não estava sangrando e foram embora”, denunciou a filha, Daniele Barbosa de Melo, 25, mãe de Sofia. Nilza chegou com vida à UPA, mas morreu ao ser transferida para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. Ela foi enterrada ontem em Mesquita.
Em depoimento, os acusados, um policial civil, Gelson Braz Loureiro, e outro militar, William de Amil, que estavam na viatura do Instituto Médico-Legal de Caxias, contaram que iniciaram perseguição a dois suspeitos após ouvir um disparo. No trajeto, efetuaram dois tiros de fuzil em forma de alerta. O policial civil, que estava com a arma, ainda responderá a processo por levar o PM no carro.
Delegado crê que policial matou Nilza
A polícia arrecadou cápsulas deflagradas de fuzil 556 e o projétil já foi recolhido do corpo da vítima. Para o delegado da 64ª DP, Delmir Gouvêa, que também quer analisar câmeras da região, não houve qualquer outro registro de disparo. A arma do policial foi apreendida, assim como a viatura.
“Dependo do laudo, mas tudo leva a crer que o disparo que a atingiu partiu do policial”, contou. Na delegacia ainda depôs o garupa da moto, menor de idade, que foi liberado
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