O monovolume virou hatch
Novo Mercedes-Benz Classe A deixa de lado o jeitão familiar e ganha apelo esportivo
POR MARCELLUS LEITÃO
Foto: Divulgação
Sob o capô, o discurso do ‘downsing’ em um motor 1.6 leve, turbinado e com 156 cv. O melhor deste motor, entretanto, é o torque, a força, que surge logo nos primeiros giros e se traduz em agilidade.
Preso a este motor, um câmbio automático sequencial com sete marchas e borboletas atrás do volante.
Outro destaque do ‘baby’ Mercedes é a aerodinâmica radical. O carro tem vedações diversas, spoilers, espelhos e tampas plásticas na base que garantem, segundo os engenheiros, economia de até 1,5 litro de gasolina a cada 100 quilômetros. Como efeito colateral, o silêncio a bordo.
No pacote completo a eletrônica conhecida de outros Mercedes, com servos de todos os tipos e sete airbags.
No teste de 150 quilômetros nas comportadas estradas paulistas, o carro foi bem, exceto por uma leve instabilidade direcional em altas velocidades, quem sabe pelo uso dos pneus de perfis rígidos, os ‘run flat’, que aposentaram o estepe, mas podem ser uma faca de dois gumes.
Lançado em duas versões, o Classe A 200 vem completo e não oferece opcionais, a não ser acessórios de concessionária. A versão Style custa R$ 99.900 e a Urban (topo de linha) sai por R$ 109,9 mil.
Pneus sem borracheiro
O título acima pode ser compreendido para o bem ou para o mal. O Classe A, assim como o Classe B e outros usam pneus ‘run flat’, que são tecnologias desenvolvidas para levar o carro a até 80 km de distância a até 80 km/h para consertar o pneus sem pressão. Acontece que no Brasil ninguém domina este reparo e o motorista tem que recorrer, numa emergência, a uma concessionária da marca. Se estiver longe complica, pois irá depender de reboque.
Outro agravante é o fato de que os concessionários não têm este pneu em estoque e dependem da chegada de uma encomenda, o que pode transformar um furo em espera de dias. Ele custa cerca de R$ 1 mil.
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