Editorial: Murros em ponta de faca
Os desdobramentos da greve dos professores atingem níveis preocupantes de violência
Rio - Os desdobramentos da greve dos professores atingem níveis preocupantes de violência. Não só por culpa dos mestres. Estes, sim, precisam ceder e negociar, em vez de insistir num cabo de guerra político e improdutivo. Mas há mais personagens nesse circo dos horrores: governantes, policiais e baderneiros. Antes o ultraje, semana passada, tinha sido o ônibus queimado. Agora, além da tática incendiária, já se dispararam tiros. Resta perguntar aonde o episódio tem de chegar para se buscar um acordo.
Este espaço reiteradas vezes criticou o vandalismo — e torna a fazê-lo. Não há, por mais fantasiosa que seja a ideologia desses grupos, como enxergar vantagens ou avanços no embate de grupos de mascarados com a polícia. Igualmente negativa é a quebradeira, que se repete sem razão, impondo prejuízos a todos os cidadãos. Na segunda-feira, somado às depredações de praxe, houve bloqueio do trânsito e dos transportes que afetou milhares de trabalhadores que tentavam voltar para casa.
Mas a reação de policiais, que distribuíram balas de verdade a esmo, não ajudou a resolver o conflito, ao contrário. É preciso um trabalho mais específico de inteligência e investigação para chegar aos líderes das arruaças, não medidas atabalhoadas que podem ferir inocentes.
São esses murros em ponta de faca que atentam contra a inteligência e atravancam o Rio num conflito que engrossa assustadoramente. Ninguém parece ter percebido que este é um jogo em que todos, sem exceção, perdem. Professores e governo têm de deixar a intransigência de lado e buscar consenso.
Este espaço reiteradas vezes criticou o vandalismo — e torna a fazê-lo. Não há, por mais fantasiosa que seja a ideologia desses grupos, como enxergar vantagens ou avanços no embate de grupos de mascarados com a polícia. Igualmente negativa é a quebradeira, que se repete sem razão, impondo prejuízos a todos os cidadãos. Na segunda-feira, somado às depredações de praxe, houve bloqueio do trânsito e dos transportes que afetou milhares de trabalhadores que tentavam voltar para casa.
Mas a reação de policiais, que distribuíram balas de verdade a esmo, não ajudou a resolver o conflito, ao contrário. É preciso um trabalho mais específico de inteligência e investigação para chegar aos líderes das arruaças, não medidas atabalhoadas que podem ferir inocentes.
São esses murros em ponta de faca que atentam contra a inteligência e atravancam o Rio num conflito que engrossa assustadoramente. Ninguém parece ter percebido que este é um jogo em que todos, sem exceção, perdem. Professores e governo têm de deixar a intransigência de lado e buscar consenso.
Notícias Relacionadas
Nenhum comentário:
Postar um comentário