Vasco e Atlético-PR são punidos por briga entre torcedores em Joinville
Cruzmaltino perde oito mandos de campo e leva multa. Punição do Atlético é maior: 12 mandos e valor maior a pagar
Rio - Uma das punições mais severas por conta de brigas de torcidas em estádios acaba de ser aplicada para Atlético Paranaense e Vasco. Após os incidentes na última rodada do Campeonato Brasileiro, os clubes foram punidos com perdas de mandos de campos, alguns com portões fechados, e multas por conta da infração no Artigo 213 do Código Desportivo Brasileiro, que aborda desordens em praça desportiva, invasão em campo ou o local da disputa, e lançamento de objetos no local de prática desportiva e ainda foi adiciado o fato dos clubes serem reincidentes na mesma infração. O Furacão foi penalizado com a perda de 12 mandos de campos, destes, seis serão com os portões fechados, e uma multa de R$ 140 mil. Já o clube carioca terá de perder oito mandos de campo, sendo a metade sem nenhum público presente, e uma multa de R$ 80 mil.
O julgamento
A sessão foi iniciada por volta de 13h com o Tribunal praticamente lotado, com jornalistas sentados no chão para acompanhar a atividade. Primeiramente foi feita a leitura de todas as acusações das quais os clubes envolvidos, o árbitro da partida e as federações sofreram após o confronto entre as torcidas organizadas na Arena Joinville.
Após a leitura das acusações, foram exibidas reportagens que mostravam imagens das brigas entre os torcedores. Os dois clubes envolvidos mostraram abordagens diferentes da imprensa. Enquanto o departamento jurídico do Vasco apresentou trechos que os jornalistas falavam que a confusão foi iniciada pelos torcedores do Atlético Paranaense, o clube do Paraná mostrou trechos de entrevistas do Chefe de Polícia Militar de Joinville, nos quais ele falava que a polícia não poderia entrar em um espaço onde a segurança era privada.
Logo depois, quem deu o seu depoimento foi Antônio Lopes, diretor do Atlético Paranaense que também comentou sobre a ausência de policiamento militar antes do ínicio da partida.
"Eu estava num camarote e do meu lado direito estava a torcida do Vasco, separada por um espaço muito grande, mais adiante estava a torcida do Atlético-PR, a partida se desenvolvia normalmente, e em determinado momento vi que a torcida do Vasco se deslocou de trâs do gol e furou o bloquei de alguns seguranças e aí começou a confusão", disse Lopes.
Responsável pela segurança diz que não houve falhas
Em seguida, Carlos Cruz, responsável pela segurança da partida por parte do Atlético-PR, garantiu que todos os procedimentos de segurança foram feitos.
"Todos os ofícios foram seguidos de praxe, não tivemos nenhuma resposta negativa sobre a presença da polícia militar. Eu estava na cidade de Joinville preparando o evento, ocorreu que houve um acidente no trajeto, chegamos a Joinville por volta das 18h. A segurança não falhou em hipótese alguma. Nós sabíamos que existiam torcida rivais e nós estudamos isso", afirmou.
No momento da defesa do Furacão, o advogado do clube fez uma crítica para o sistema de punições para torcidas que têm péssimo comportamento nos estádios.
"Há uma falência da perda de mando de campo. Faliu, acabou. O Atlético se compromete a jogar com portão fechado. Mas o peso é muito maior. A dose errada do remédio mata o paciente, matará o futebol brasileiro, os clubes e as federações. E não resolverá o problema", indagou Herinque Moro.
Pela parte do Vasco, a advogada Luciana Lopes comentou que os que participaram da briga não foram torcedores e sim vândalos.
"A torcida do Atlético-PR, ou melhor, os bandidos incluídos na torcida começaram a briga. Os torcedores do Vasco foram agredidos. Revidaram em excesso? Mas bandido é assim."
Ao fim da sessão, o árbitro da partida e as federações catarinense e paranaense mostraram suas defesas. Um fato a se destacar é que Ricardo Marques foi defendido por Giuliano Bozzano, ex-árbitro do da CBF. As federações e o juiz foram inocentados por unanimidade dos votos.
A sentença terá de ser cumprida no campeonato Brasileiro da próxima temporada e mostra que o Tribunal agiu com rigor contra as cenas de violência que chocaram o Brasil no último domingo. O árbitro da partida, Ricardo Marques, e as federações Catarinense e Paranaense, que também estavam em julgamento, foram absolvidos de suas acusações.
O presidente da quarta Comissão Disciplinar, responsável pelo julgamento, Paulo Henrique Bracks Duarte, antes de anunciar a decisão do júri, disse que espera que essa punição sirva de exemplo para os clubes brasileiros e que seja feita algo para coibir as ações das torcidas organizadas dentro dos clubes.O julgamento
A sessão foi iniciada por volta de 13h com o Tribunal praticamente lotado, com jornalistas sentados no chão para acompanhar a atividade. Primeiramente foi feita a leitura de todas as acusações das quais os clubes envolvidos, o árbitro da partida e as federações sofreram após o confronto entre as torcidas organizadas na Arena Joinville.
Após a leitura das acusações, foram exibidas reportagens que mostravam imagens das brigas entre os torcedores. Os dois clubes envolvidos mostraram abordagens diferentes da imprensa. Enquanto o departamento jurídico do Vasco apresentou trechos que os jornalistas falavam que a confusão foi iniciada pelos torcedores do Atlético Paranaense, o clube do Paraná mostrou trechos de entrevistas do Chefe de Polícia Militar de Joinville, nos quais ele falava que a polícia não poderia entrar em um espaço onde a segurança era privada.
Em seguida foi convocado para depor o árbitro da partida, Ricardo Marques, que comentou que entrou dez minutos antes do início da partida e até aquele momento não tinha visto nenhuma irregularidade no campo ou na segurança dos torcedores.
"Às 16h50 nós já estávamos dentro de campo, eu não presenciei nenhum tipo de irregularidade antes do início da partida. Eu não posso afirmar se haviam policiais militares ou não no estádio. Não tinha conhecimento até então desse fato de a polícia não atuar no estádio. Desconhecia a presença da segurança privada. Isso não foi nos comunicado, nem essa ação civil do Ministério Público. Isso só chegou até a minha pessoa depois da confusão", comentou Ricardo.Logo depois, quem deu o seu depoimento foi Antônio Lopes, diretor do Atlético Paranaense que também comentou sobre a ausência de policiamento militar antes do ínicio da partida.
"Eu estava num camarote e do meu lado direito estava a torcida do Vasco, separada por um espaço muito grande, mais adiante estava a torcida do Atlético-PR, a partida se desenvolvia normalmente, e em determinado momento vi que a torcida do Vasco se deslocou de trâs do gol e furou o bloquei de alguns seguranças e aí começou a confusão", disse Lopes.
Responsável pela segurança diz que não houve falhas
Em seguida, Carlos Cruz, responsável pela segurança da partida por parte do Atlético-PR, garantiu que todos os procedimentos de segurança foram feitos.
"Todos os ofícios foram seguidos de praxe, não tivemos nenhuma resposta negativa sobre a presença da polícia militar. Eu estava na cidade de Joinville preparando o evento, ocorreu que houve um acidente no trajeto, chegamos a Joinville por volta das 18h. A segurança não falhou em hipótese alguma. Nós sabíamos que existiam torcida rivais e nós estudamos isso", afirmou.
No momento da defesa do Furacão, o advogado do clube fez uma crítica para o sistema de punições para torcidas que têm péssimo comportamento nos estádios.
"Há uma falência da perda de mando de campo. Faliu, acabou. O Atlético se compromete a jogar com portão fechado. Mas o peso é muito maior. A dose errada do remédio mata o paciente, matará o futebol brasileiro, os clubes e as federações. E não resolverá o problema", indagou Herinque Moro.
Pela parte do Vasco, a advogada Luciana Lopes comentou que os que participaram da briga não foram torcedores e sim vândalos.
"A torcida do Atlético-PR, ou melhor, os bandidos incluídos na torcida começaram a briga. Os torcedores do Vasco foram agredidos. Revidaram em excesso? Mas bandido é assim."
Ao fim da sessão, o árbitro da partida e as federações catarinense e paranaense mostraram suas defesas. Um fato a se destacar é que Ricardo Marques foi defendido por Giuliano Bozzano, ex-árbitro do da CBF. As federações e o juiz foram inocentados por unanimidade dos votos.
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