Atleta paralímpico cego diz ter sido impedido de fazer exame
Procedimento de rotina é pedido pela seleção brasileira de Goalball
POR DIEGO VALDEVINO
Rio - Indignação e constrangimento. Esses são os sentimentos do atleta paralímpico Filippe Silvestre, de 31 anos, da seleção brasileira de Goalball e medalhista de prata em Londres, do ano passado, que acusa uma médica de um hospital na Tijuca, de impedi-lo, nesta sexta-feira, de fazer um teste ergométrico pelo fato de ele ser deficiente visual.
Filippe pretende denunciar caso | Foto: Divulgação
“Já estava com os eletrodos conectados no corpo quando a médica disse que não poderia fazer o exame por ser cego. Este seria um check up de rotina pedido pela seleção de Goalball”, lamentou o atleta, que momentos antes teria feito no mesmo hospital, um exame de audiometria.
Filippe diz que pretende denunciar o caso ao Conselho Regional de Medicina e à Comissão de Defesa da Pessoa Portadora de Deficiência da Alerj. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, a alegação da médica é inaceitável. “É preciso apurar para saber se ela recusou.
Caso tenha feito, pode responder por processo ético. O jovem deve denunciar no MP”, lembrou. Atendente disse que não havia representante no hospital para falar sobre o assunto.
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