Causa da morte de idoso é ligada a local de moradia
Pesquisa da Fiocruz descobre que em áreas ricas morre-se mais por câncer provocado pela idade. Já nas zonas pobres, problemas são doenças circulatórias e respiratórias
Arte: O Dia
“Quanto mais envelhecido é o bairro, melhores são suas condições socioeconômicas e doenças circulatórias e respiratórias são menos expressivas entre os óbitos”, disse.
Davi analisou indicadores socioeconômicos do Censo 2010 (renda, analfabetismo, esgoto, coleta de lixo e abastecimento de água) e dados do Minsitério da Saúde. As enfermidades escolhidas foram câncer, doenças circulatórias recorrentes, como hipertensão, infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC), além de doenças respiratórias, como pneumonia, asma e bronquite.
Orientação para a rede pública
Acesso a saneamento básico, atendimento médico e medicamentos justificam o perfil de óbito entre idosos na Zona Sul. “É uma população que tem acesso a tratamento e pode combater as doenças circulatórias e respiratórias. A morte por câncer seria um processo natural”, diz o pesquisador da Fiocruz.
Acesso a saneamento básico, atendimento médico e medicamentos justificam o perfil de óbito entre idosos na Zona Sul. “É uma população que tem acesso a tratamento e pode combater as doenças circulatórias e respiratórias. A morte por câncer seria um processo natural”, diz o pesquisador da Fiocruz.
Davi explica que nos bairros das zonas Norte e Oeste o acesso a serviços de saúde costuma ser precário e falta dinheiro para remédios. Para ele, a pesquisa pode orientar políticas de saúde pública.
“A política de distribuição de medicamentos ainda é deficiente. Nos bairros mais pobres, além do tratamento aos idosos, é preciso investir em prevenção para uma futura geração mais saudável”.
Reportagem de Beatriz Salomão
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