Rio -  Um dos problemas mais debatidos nos encontros pedagógicos é a falta de interesse e de motivação do aluno em aprender. É possível observar isso claramente no baixo rendimento escolar, na evasão e na indisciplina. Por sua vez, os professores preferem manter a postura tradicional se colocando como detentor do saber absoluto e o aluno como mero receptor que obedece e reproduz suas falas e os escritos nos livros didáticos.
Estamos vivendo um processo de rápidas transformações nas formas de ser, viver, relacionar-se, principalmente com os grandes avanços nos meios de comunicação. Logo, educar crianças e jovens é algo que vai além da simples transmissão de conhecimentos.
Vivemos uma crise educacional. A educação se torna cada vez mais complexa e exigente e deve ocorrer ao longo da vida, mais inclusiva, em todos os níveis e modalidades e em todas as atividades profissionais e sociais.
Educar é abrir, é erguer, é questionar, é duvidar e ensinar a duvidar, é ser modesto em saber ajudar. Educar é observar o mundo à nossa volta, é experienciar, pesquisar e, sobretudo, educar é viver. Presos em uma sala de aula, nossos alunos continuarão tendo uma educação massificada e fragmentada.

É muito importante que o processo ensino-aprendizagem ultrapasse os muros da escola, saindo do espaço físico da sala de aula para ocupar muitos outros espaços: presenciais, virtuais e profissionais. Assim sendo, rompemos com a figura do professor como centro de informação e ele passa a incorporar novos papéis, como mediador, facilitador, gestor e incentivador. E o aluno passa a ser o autor de sua própria história.
O grande desafio é uma formação reflexiva pautada em desenvolver emoções, valores e criticidade. Resgatar o prazer em estar na escola, através do cultivo do diálogo e da autenticidade.
Paty Fonte é educadora especialista em pedagogia de projetos