Nico Rezende revisita a carreira em CD intimista
POR LEANDRO SOUTO MAIOR
Rio - Você já ouviu Nico Rezende e nem sabe. “Isso acontece muito nos shows. Vou cantando minhas músicas, e o público pergunta: ‘Mas essa também é sua?’. Lancei meu último disco de inéditas em 2007, aí, no fim das apresentações, perguntavam se o CD tinha as antigas canções conhecidas, e não tinha. Por isso, resolvi renovar esse repertório”, explica o cantor e compositor.
Nico Rezende tem canções conhecidas nas vozes de outros artistas | Foto: Divulgação
Depois de emplacar essas e outras, o nome de Nico Rezende sumiu. Mas ele não se afastou da música. “Aconteceu tudo muito rápido naquela década. Produzi e gravei com muita gente, com Marina, Lulu Santos e até Roberto Carlos. Gravei o piano e fiz o arranjo original de ‘Codinome Beija-Flor’, do Cazuza. Mas, nos anos 90, minha vida deu uma virada e voltei a fazer ingles, atividade que tinha no início da carreira, trabalhando com Zé Rodrix. Montei uma produtora e fiz muitas trilhas para teatro e cinema. Fiz a direção musical de humoristas como Chico Anysio, Tom Cavalcante, Nelson Freitas e Eri Johnson, e até emplaquei na TV o tema de abertura de ‘Malhação’”, lista Rezende.
Hoje, tudo é muito mais democrático. Qualquer pessoa que tenha uma canção, pega o violão, grava e em cinco minutos já está no YouTube”, compara ele. Só uma coisa parece não ter mudado em sua carreira desde os anos 80 até hoje: “É impossível eu fazer um show sem cantar ‘Esquece e Vem’. Saio sob vaias se não tocar esta música”, diverte-se o cantor e compositor.
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