Atrasados de R$ 17 mil para revisão de benefício do INSS
Decisão inédita da Justiça corrige mudança do teto prevista em emendas constitucionais
POR ALINE SALGADO

Aos 80 anos, o aposentado Abdias ainda trabalha como radiologista para complementar a renda de casa | Foto: Uanderson Fernandes /Agência O Dia
Entenda a tese
“Com essa manobra a Previdência passou a recolher mais e pagar menos a seus segurados. Uma economia de 44,5% para cada benefício, de todas as faixas. O que provocou o achatamento de milhões de aposentadorias e pensões”, avalia o atuário, Marcelo Lopes.
Entenda
Em 1998, por meio da Emenda Constitucional 20, o governo alterou o valor do teto dos benefícios para R$ 1.200.
Mas as aposentadorias das demais faixas de contribuição não sofreram o reajuste equivalente a 11,46%.
Em 2003, uma nova emenda constitucional, a 41, elevou para R$ 2.400 o teto dos benefícios. Porém, aposentadorias e pensões não sofreram o reajuste, em torno de 29%. Acumulando, com as duas EC, perda total de 44,53%.
INSS não observou o texto da lei
Advogado da Faaperj, João Gilberto ressalta que o INSS deixou de cumprir “o Artigo 14º da Emenda Constitucional 20/1998 e o Artigo 5º da EC 41/2003, que preveem que o limite máximo para o valor dos benefícios (teto) deveria ser reajustado de forma a preservar seu valor real, atualizado pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral da Previdência. O que não foi observado”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário