Rio -  Numa das cenas do segundo ato de ‘Rock in Rio — O Musical’, os mais de 20 atores cantam um medley de músicas que vai de Daniela Mercury a Iron Maiden, passando por Red Hot Chili Peppers. A sequência do espetáculo, que vai inaugurar no dia 3 de janeiro aCidade das Artes, na Barra da Tijuca, exibe um painel da diversidade de sons que marcou as quatro edições do Rock in Rio no país. “Os críticos reclamam que não temos rock, mas o Rock in Rio sempre teve variação desde a primeira edição. O musical mostra isso: tribos diferentes convivendo juntas”, afirma o empresário Roberto Medina, idealizador do festival.
Grupo relembra grandes momentos do festival | Foto: Divulgação
Grupo relembra grandes momentos do festival | Foto: Divulgação
Uma apresentação do musical foi realizada ontem numa sala de ensaio da Cidade das Artes, que tem um teatro com capacidade para mais de 1.200 pessoas. Orçado em R$ 12 milhões, o espetáculo conta a história de Alef, um jovem que deixou de falar após a morte do pai e só se expressa através da música, e Sofia, filha de um organizador de festival de rock que não suporta ouvir um acorde.
“Quando fui falar a história para o Medina, disse: ‘Sei que a ideia é bem ingênua, mas quero mudar o mundo’. Ele respondeu: ‘Vai em frente, porque era assim que eu pensava há 28 anos’”, relembra o autor do espetáculo, Rodrigo Nogueira. Mais de 50 músicas fazem parte do repertório. Os astros Sting e Elton John acabaram de liberar músicas. O sonho de Medina é levar o espetáculo em turnê pelo Brasil após a estreia na Cidade das Artes. Também não estão descartadas apresentações no exterior. Segundo o empresário, o musical também pode virar um longa-metragem em breve. “Já começamos a conversar sobre isso. Queremos percorrer todo o mundo”, avisa.
Reportagem de Rodrigo Cabral