Brasília -  Marina Silva, ex-senadora, anunciou ontem, em Brasília, a criação de um novo partido político. Batizado de Rede Sustentabilidade, ele precisa reunir mais de 500 mil assinaturas até setembro deste ano para ser oficializado.
Foto: Eduardo Naddar / Agência O Dia
Foto: Eduardo Naddar / Agência O Dia
Em seu discurso, Marina, que recebeu quase 20 milhões de votos concorrendo à presidência do País nas últimas eleições, disse que sua candidatura em 2014 é só uma “possibilidade”. “No momento, a Rede pode ser um instrumento para a política brasileira, mas, como somos uma rede, é possível que apareçam outras possibilidades”, afirmou.
O evento contou com a presença de políticos como Heloísa Helena, ex-senadora do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e Jefferson Moura,vereador carioca também do Psol.
O deputado federal Alfredo Sirkis, do PV, que não pode comparecer à cerimônia, já manifestou sua adesão ao novo partido por meio de carta oficial e falou sobre suas expectativas. “Vamos em busca das assinaturas. Conseguiríamos até 1 milhão. A dificuldade é enfrentar a burocracia brasileira, que exige firma reconhecida e que elas passem pelos TRTs. O nome escolhido também não é meu favorito. Eu preferia ECO. Mas a gente se acostuma”, diz.
Marina ressaltou que não vai sair em busca de novos adeptos e que deseja ser uma opção para o eleitor: “Ninguém está à caça de parlamentar, nem fazendo tudo para ter bancada. As pessoas virão por identidade programática. Nem direita, nem esquerda, estamos à frente”, defendeu.
O novo partido, segundo foi anunciado durante o ato, aceitará doações de empresas para suas campanhas, desde que não sejam fabricantes de bebidas alcoólicas, cigarros e armas. No caso de empresas agrícolas, a Rede não aceitará doações daqueles que utilizarem substâncias tóxicas em seus produtos.