sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Até a torcida do Flamengo desistiu

Até a torcida do Flamengo desistiu

Público nos jogos do Carioca tem sido muito baixo

O DIA

Rio - O Flamengo está espantado com a maré vazante do público nos jogos do Carioca e pretende fazer até uma pesquisa para achar as razões dessa fuga. E precisa? Tudo começa no novo regulamento da competição, que só provoca interesse do torcedor a partir das semifinais. Depois, a concorrência com a Libertadores, que induz à escalação de times reservas. E muito importante — no caso específico do Flamengo —, os ingressos caros que variam de R$ 60 a R$ 100, incompatíveis com o mercado, com o poder aquisitivo do torcedor e com a qualidade do futebol.
Além disso, por causa da TV, os horários dos jogos são péssimos, dez da noite em dia útil, como nesse Flamengo x Madureira em que pouco mais de dois mil heróis foram ao Maracanã.Para completar, a transmissão de televisão ao vivo em TV aberta. Não há, portanto, necessidade de pesquisa para isso, ainda mais nos desconfortáveis estádios pequenos. O Botafogo, por exemplo, esteve excelente na Libertadores com grandes públicos. E vive maré vazante no Carioca. As rotinas de ingresso, TV e regulamento conspiram contra e ninguém se mexe. A estrutura do futebol do Rio andou para trás.
Público não tem comparecido em peso nos jogos do Fla
Foto:  Márcio Mercante / Agência O Dia
CONFIANÇA CEGA
Só mesmo Felipão, com a sua personalidade característica, sente-se à vontade, em meio a outros treinadores, para declarar que o Brasil vai ganhar a Copa porque, se está no mesmo nível ou até melhor do que os mais cotados, tem grande vantagem em jogar em casa. A sua opinião é lógica e faz todo o sentido, passa confiança ao torcedor e ao time, mas cria também um grande compromisso de êxito. Se o caneco não vier, a frustração será maior. Mas Felipão não joga com essa hipótese.
DESGASTE
A atual edição da Liga dos Campeões é mais emocionante porque algumas das equipes favoritas mostram certo desgaste e até o Barcelona precisou se reciclar um pouco. O Milan de Seedorf, por exemplo, carece de uma renovação e a simples presença do holandês no comando técnico não resolve. Kaká e Robinho continuam rateando. Times menos cotados como PSG e Atlético de Madrid se reforçaram e podem surpreender. O único supersuper é o Bayern de Munique.
SAIU DE FININHO
Até hoje, todos falam do infeliz Rodrigo Castanheira e do seu erro grotesco ao ter uma crise de cegueira no gol não considerado do Vasco. Mas e o árbitro Eduardo Guimarães? Há até pouco tempo, eles eram absolutos e solitários, a última e única palavra.Eram exaltados ou execrados por suas atitudes. Eduardo também errou feio ao não ver um gol claro, tratou de ficar quietinho, tudo isso em meio a uma arbitragem nervosa, ruim, em que permitiu lance violentos e muitas discussões.
SUPER ZÉ
José Padilha pode não ser o melhor diretor de cinema do Brasil mas é o mais importante pelo sucesso popular, pelos filmes tecnicamente perfeitos, pela façanha de entrar em Hollywood pela porta da frente e, como ele mesmo garante, fazer por lá um blockbuster brasileiro –‘Robocop’. Além disso, semana quente com o provável vencedor do Oscar ‘12 anos de escravidão’, o filme da era Obama, e dois outros de alto nível: ‘Clube de compras Dallas’ e ‘Balada de um homem comum’.
EMOÇÃO PURA NA OLIMPÍADA DE SOCHI
A patinação artística foi o ponto alto da Olimpíada de Inverno pelos muitos fenômenos juvenis que surgiram, principalmente na Rússia. Ontem, a medalha de ouro foi de uma incrível russa de 17 anos — Adelina Sotnikova — que, mesmo com uma queda, levou o público ao delírio. A coreana Kim Yuna, favorita, levou o vice e uma sensação, com o bronze, foi a italiana Carolina Kostner, com o ‘Bolero de Rave.

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