segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Pezão não garante permanência de Beltrame em seu governo

Pezão não garante permanência de Beltrame em seu governo

Governador reeleito disse que o atual secretário de Segurança está 'cansado' e que vai conversar com ele sobre seu futuro

O DIA
Rio - Luiz Fernando Pezão (PMDB) foi reeleito no domingo para quatro anos de mandato como governador do Rio. Com 55.78% dos votos, ele superou Marcelo Crivella (PRB), que teve 44.22%. Nesta segunda-feira, Pezão afirmou que só vai definir sua equipe a partir de dezembro, mas não deu certeza na permanência de José Mariano Beltrame como secretário de Segurança do Estado.
"Eu falo com o Beltrame quase que três, quatro vezes por semana. Vamos ver como está o espírito dele após sete anos e dez meses a frente de uma secretaria de Segurança, que não é fácil. Ele me disse que estava muito cansado, vamos ver se ele descansa um pouco e possa se animar de novo. É uma pessoa que fez um trabalho extraordinário a frente da segurança pública e tenho um carinho imenso pelo trabalho dele", disse em entrevista para a CBN .
Luiz Fernando Pezão disse que pretende iniciar as obras da Linha 3 do metrô para atender os municípios da Região Metropolitana
Foto:  Ernesto Carriço / Agência O Dia
Sobre a questão da segurança, Pezão afirmou que pode pedir a permanência da Força de Pacificação no Complexo da Maré.
"Vamos continuar a investir forte na segurança pública. Temos muitos territórios ainda conflagrados, os próprios territórios de UPPs também que a gente têm alguns problemas. Tem aí a Maré para resolvermos que não é fácil. O tráfico e a milícia afronta até o Exército. Então para ver o nível de dificuldade que nós temos aqui na cidade do Rio. Garantimos a permanência (do Exército) até dezembro. Vou conversar com a presidenta Dilma, com o ministro (da Justiça) José Eduardo Cardozo. A gente vai fazer esse pedido, só não sei se a gente consegue mais alongar esse prazo".
O governador prometeu dar mais atenção aos municípios da Região Metropolitana. "Vou fazer um órgão que tenha agilidade que possa estar implementando as políticas públicas da Região Metropolitana. Não adianta nós resolvermos os problemas da cidade do Rio e não resolver de Niterói, São Gonçalo, Caxias, Belford Roxo, São João de Meriti. Eu quero ter um órgão forte que centralize todas as politicas da região, principalmente o saneamento e a mobilidade urbana", disse Pezão, que pretende iniciar rapidamente as obras da Linha 3 do metrô.
"Nós temos o dever de casa, tanto eu quanto a presidenta Dilma, de tirar do papel essa linha 3. É a primeira vez que o Governo Federal aporta recursos para uma linha de metrô. Nós estamos apresentando projetos, fazendo audiências públicas, e eu quero ver se em dezembro eu esteja essa burocracia resolvida para iniciar as obras. Eu vou levar (o metrô) até Itaboraí nesse próximo mandato", promete.
Pezão comentou a mudança de estratégia durante a campanha no segundo turno, que em a todo momento ligava a candidatura de Crivella com a Igreja Universal.
"Não é o meu estilo, mas eu apanhei muito tempo, passei o primeiro turno inteiro apanhando. Eu tinha que mostrar o que estava por trás da candidatura do bispo Crivella. Eu só mostrei o que tinha passado desapercebido pela população. E a gente viu ali nos últimos dias, infelizmente, as grandes catedrais da Universal cheia de material (de campanha), títulos de eleitor e ele falava que não misturava política com religião. Então isso ficou muito evidente pelo próprio Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) nos últimos dias de campanha, coisa que já tinha acontecido no primeiro turno", finalizou.

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