segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sem Romário, América busca novo nome para a presidência do clube

Sem Romário, América busca novo nome para a presidência do clube

Senador eleito, o ex-jogador desistiu na última sexta-feira de sua candidatura ao cargo máximo do Alvirrubro

O DIA
Rio - Romário adiou a realização do sonho de seu falecido pai, seu Edevair, de comandar o América. Integrante do Conselho Deliberativo que toma posse nesta segunda-feira, o senador eleito retirou sua candidatura única ao cargo de presidente do clube. Aliado do Baixinho e atual mandatário, Léo Almada afirmou que, apesar do afastamento, o ex-jogador vai estar presente no dia a dia do clube.
"Hoje (segunda-feira), às 19h, no Clube Municipal, tomará posse o grupo que venceu as eleições do Conselho Deliberativo, do qual o Romário faz parte. Esses conselheiros decidirão no dia 10 de novembro quem será o presidente do América pelos próximos três anos. Com a desistência do Romário, surgirão outros nomes até lá para concorrer. Os nomes serão apresentados no dia da reunião do conselho e um será escolhido. Para se candidatar, tem de estar associado ao América por pelo menos oito anos, então qualquer um nessas condições pode concorrer. Ele (Romário) era um nome incontestável por todos, mas tendo em vista a impossibilidade dele, vamos ver o que irá acontecer. Caso ele compareça hoje na posse, talvez ele explique os motivos para a desistência. Na minha opinião, acho que o compromisso como senador o impossibilitou de presidir o clube por ora, mas tenho certeza de que nas próximas eleições ele deve vir como candidato. Lamentamos a desistência, mas sabemos que mesmo de longe ele vai sempre tentar ajudar", disse Léo.
Após a retirar sua candidatura, Romário diz que apoia a reeleição de Léo Almada caso ele concorra
Foto:  Divulgação
O nome de Romário levou esperança para os apaixonados pelo América, que assistiram ao clube se afundar em uma crise financeira nos últimos anos. Uma das razões para a desistência do Baixinho foi a indefinição quanto à sede do clube - o América pretende construir uma nova "casa" (o acordo quitaria as dívidas do Alvirrubro, estimadas em R$ 60 milhões). Segundo Léo, mesmo com a saída do Baixinho, a instituição não se torna mais fraca. A construção da nova sede será vital para que o clube consiga se reerguer.
"Eu coloquei o trem (clube) nos trilhos. Até o fim deste ano vamos acertar o contrato com o empreendimento para a construção da nova sede e o América vai poder retornar ao mundo do futebol sem dever um centavo a ninguém por conta desse acordo. Tudo que deveria ser feito para melhorar a situação do clube já está sendo feito e o Romário assumiria o comando na marca do pênalti, com tudo pronto para ter tranquilidade. Sede nova, com déficit quitado, tudo no eixo para dar certo. Apesar da desistência dele, o América resolverá em breve todos os seus problemas", afirmou.
Afundado em dívidas, América pretende construir uma nova sede para resolver a situação financeira do clube
Foto:  Uanderson Fernandes
Sem Romário, que era candidato único ao cargo, o América ainda não tem nomes definidos para concorrer à presidência. Mesmo com o apoio declarado do Baixinho, Léo Almada, que era vice na chapa do ex-jogador, não garantiu se lançará candidatura no dia 10 de novembro.
"Ele que diz isso, mas eu ainda não sei se irei me candidatar. Eu assumi o atual mandato no dia 6 de janeiro como um tampão já que o clube está sem comando e cumprirei até o dia 31 de dezembro. Todos contavam com o Romário para assumir pelo próximo triênio (2015-2017). Após a posse do Conselho Deliberativo nesta segunda-feira, veremos possíveis nomes que podem se candidatar", revelou.
Reportagem Edsel Britto

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