Rio -  Se por um lado a conta de luz ficará mais barata 16,2% a partir de janeiro, a redução no preço da energia vai abrir espaço para que a Petrobras reajuste os preços dos combustíveis no ano que vem. O aumento, no entanto, ficaria abaixo do que os técnicos da estatal estimam ser suficiente para equipar os valores aos praticados pelo mercado externo. A defasagem atual da gasolina seria de 18%, assim como o do preço do diesel.
O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) estima que a redução de 16,2% na energia elétrica residencial, anunciada pelo governo a partir de janeiro, equivale a redução de 0,54% na inflação pelo IPCA. Com esta queda, seria possível reajuste de 13,5% no diesel e na gasolina sem impacto na inflação, segundo o consultor Adriano Pires. O IBGE avalia impacto de 0,49 ponto percentual, o que abriria espaço para reajuste mais baixo nos combustíveis, de 12,15%.
A estimativa de defasagem de 18% nos preços é também bem inferior à do mercado. O CBIE, por exemplo, calculou a atual diferença em 27,2% (gasolina) e de 27,7% (diesel). Ontem, a presidenta Dilma Rousseff e os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Edison Lobão (Minas e Energia) estiveram reunidos para definir os últimos detalhes da medida para baixar o custo da energia elétrica. O anúncio será hoje às 11h.