Rio -  Os vereadores ainda nem tomaram posse, mas você lembra em quem votou em outubro? Quais propostas do candidato pesaram na sua escolha? Os votos que ele recebeu vieram da sua região? Perguntas assim são básicas. Poucos eleitores, contudo, são capazes de respondê-las. No modelo atual, votamos em A, mas, sem que seja nosso desejo, elegemos B. Isso acontece por conta da legenda partidária que soma votos de todos para a escolha de um dos nomes da chapa ou da coligação proporcional.
O PSD defende um modelo simples e objetivo para as eleições de vereador: o voto distrital. Cada partido apresentaria apenas um candidato por distrito. Dessa forma, você, que teve de ‘sortear’ seu voto entre 1.700 nomes diferentes na eleição de outubro, escolheria apenas entre 30 nomes —um por partido — para representar seus interesses temáticos e locais.
Seu voto passaria a ter mais importância para os candidatos, as campanhas ficariam mais baratas — portanto mais democráticas e livres dos interesses empresariais. E você acompanharia de perto a atuação do seu vereador e cobraria mais resultados, pois ele só poderia se candidatar no distrito aonde mora.
Essa é uma mudança real do voto, e não apenas cosmética, como seria o financiamento público de campanha ou o voto na lista partidária, que apenas fingem que estão renovando, mas nada alteram na forma como escolhemos nossos representantes.
Quando relatei o projeto de lei da Ficha Limpa, poucos acreditavam que seria possível sua aprovação. O projeto virou lei e milhares de políticos não puderam sequer concorrer. Outros ainda estão sub judice e aguardam a decisão do TSE para saber se tomarão posse ou não.
A política mudou com a Lei da Ficha Limpa e vai mudar muito mais com o voto distrital.
Presidente do PSD do Rio de Janeiro