Rio -  Um conceito já está se espalhando nas organizações modernas: o de empresa não localizável. Trata-se dos negócios on-line, onde compra, venda e prestação de serviços podem ser feitos totalmente a distância e, mesmo com todo o preconceito, vem prosperando a cada ano.
Isto gera outra vertente do negócio, que é o funcionário não localizável. Ele trabalha em sua própria casa, provavelmente em outra cidade, e conduz suas atividades pela internet sem ter relógio de ponto ou custos de deslocamento para seu local de trabalho.
Estamos diante de uma novíssima situação onde o futuro do RH ainda não se colocou totalmente: recrutamento e seleção a distância. Embora a grande parte destes empreendimentos seja pequena, existem os que crescem vertiginosamente. Grandes portais já descobriram as vantagens do colaborador fora da empresa: menor custo em tudo. Neste novíssimo cenário, os profissionais que se dedicam a recrutar, selecionar e treinar novos funcionários tendem a utilizar ferramentas antes não pensadas, como entrevistas via salas virtuais.
Numa grande cidade onde pessoas podem perder até quatro horas por dia entre ir e vir do seu local de trabalho, poder produzir sem sair de casa e ser remunerado por isto é uma vantagem e tanto que pode ser revertida em tempo de produção, ou melhor, disposição para tal. Da mesma forma, a empresa deixa de ter vários custos que vão desde cafezinho ao aluguel da sala — desnecessários neste perfil de empresa.
Nem todos que trabalham na grande rede podem optar por esta modalidade, é verdade; somente aqueles que conseguem enxergar o óbvio: não é o localização que garante a produção. O profissional competente vai produzir onde quer que esteja e independente de cumprir horários rígidos, o que força toda a estrutura de RH da instituição a remodelar suas atribuições.
Psicólogo e professor