Rio ganha 290 leitos de UTI e outros 388 de enfermaria
Vagas para pacientes graves são na capital. Governo admite que precisaria do dobro
Rio - A rede pública hospitalar do Rio de Janeiro vai ganhar 678 novos leitos. Destes, 290 serão em unidades de terapia intensiva (UTIs) e 388 de retaguarda (enfermarias, para desafogar emergências). A parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde e o Ministério da Saúde, além da prefeitura, faz parte do projeto ‘SOS Emergência’. Nos hospitais federais atendidos e no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), as novas vagas começam a funcionar imediatamente. Nas unidades municipais e estaduais, vão atender o público a partir do primeiro trimestre de 2013.

Arte: O Dia
Com o aumento do número de leitos de UTI, o Rio vai passar a ter 1.033. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Sérgio Cortes, com os novos leitos, serão atendidos em média 580 pacientes por mês. Mas, segundo Cortes, mesmo com a maior quantidade de leitos, o total ainda não é suficiente.
“Não acaba com a nossa dificuldade de superlotação, mas vamos conseguir resolver 50% dos problemas que temos hoje com leitos de UTI para pacientes que estão nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), na atenção básica ou nas emergências hospitalares da região metropolitana”, afirmou.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o projeto tem como objetivo reduzir o tempo de espera e melhorar a qualidade do atendimento da rede pública.
A presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), Márcia Rosa de Araujo, recebeu a notícia com ceticismo. Para ela, a instalação de novos leitos em qualquer setor dos hospitais é sempre bem-vinda, mas questiona se a proporção mínima que cada unidade de saúde deve ter vai ser atingida.
“Nós entendemos que, para o total de leitos de cada hospital, 10% devem ser de UTI. Se com essa medida esse número for atendido, ótimo, se não, mais investimentos devem ser feitos”, disse.
Ainda segundo ela, o Rio está carente de leitos de UTI.
“Muitas pessoas entram com mandados judiciais para serem internadas. Mas a quantidade de leitos ativados é tão pequena que fica difícil até de cumprir as determinações da justiça”.
RETAGUARDA
Capacidade de atendimento cresce para desafogar as emergências
Os 388 leitos de “retaguarda” terão a função de desafogar hospitais de urgência e emergência. Eles ficarão em unidades estaduais e serão ocupados por pacientes liberados para ficar em enfermaria.
Hospital São Francisco de Assis (Tijuca): 96 leitos
Hospital São Francisco de Assis (Tijuca): 96 leitos
Hospital Estadual João Batista Cáffaro (município de Itaboraí): 98 leitos
Hospital Estadual Azevedo Lima (Niterói): 21 leitos
Hospital Estadual Alberto Torres (São Gonçalo): 21 leitos
Hospital Estadual Azevedo Lima (Niterói): 21 leitos
Hospital Estadual Alberto Torres (São Gonçalo): 21 leitos
Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (Saracuruna, Duque de Caxias): 21
Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Humaitá): 56 leitos
Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Humaitá): 56 leitos
Hospitais ainda não definidos na Zona Oeste da cidade: 75 leitos
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