Rio -  Foi enterrado no fim da manhã desta terça-feira, no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte, o corpo de José Carlos Netto, baluarte da Mangueira e um dos jornalistas de Carnaval mais experientes do Rio. Ele tinha tinha 72 anos e morreu nesta segunda-feira. O veterano cronista estava internado na Casa de Saúde Bonsucesso e lutava contra um câncer.

Mineiro de Ubá e criado no Rio desde os 7 anos, começou no jornalismo na Gazeta de Notícias e trabalhou nos jornais Diário de Notícias, Luta Democrática, Última Hora, O Povo e rádios Mauá, Nacional, Vera Cruz, Bandeirantes. Ao lado de Ruben Confete, da Rádio Nacional, era o jornalista mais experiente dos desfiles da Marquês de Sapucaí.
José Carlos Netto era jornalista e baluarte da Mangueira | Foto: Benildo Mendes / Divulgação
José Carlos Netto era jornalista e baluarte da Mangueira | Foto: Benildo Mendes / Divulgação
No final na década 60, a convite de Xangô da Mangueira foi parar na verde e rosa onde foi, durante anos, diretor de harmonia. Recentemente, foi elevado ao posto de baluarte da gestão de Ivo Meirelles. Seu último local de trabalho foi o site SRZD, do jornalista Sidney Rezende, onde era o títular de uma coluna sobre Carnaval.

Conhecido pela personalidade forte, José Carlos Netto foi quem deu o apelido de Selminha Sorriso para a porta-bandeira da Beija-Flor. Em seu blog, o presidente Ivo Meirelles lamentou a perda do bamba. Com a morte de Netto, a Mangueira perdeu seu segundo baluarte em menos de dois meses. Em novembro, o lendário mestre-sala Delegado morreu aos 90 anos.