DJ Sany Pitbull grava com músicos versão de ‘País Tropical’ para a trilha de ‘Rio 2’
POR LEANDRO SOUTO MAIOR

Músico está voando longe | Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia
“Para este novo filme, o Sérgio Mendes está fazendo uma grande pesquisa dos ritmos de todo o País. A estreia está programada para as vésperas da Copa do Mundo de 2014, então a ideia é mostrar a música do Brasil inteiro”, antecipa Pitbull,que é referência do gênero funk e hoje vai pilotar as carrapetas na Miranda (Avenida Borges de Medeiros 1.424, Lagoa, às 23h). “Ele quer fazer misturas, colocar batidas eletrônicas com os tambores da Mangueira. Essa será a síntese do filme: mostrar que o branquinho pode gostar de samba e que o pretinho pode ouvir rock numa boa”.
Pitbull é também um dos principais responsáveis por exportar o batidão do funk carioca mundo afora. Este ano, ele planeja voltar à Estônia, Finlândia e Suécia. “Quanto mais frio o país, mais quente é o público”, descreve ele, ressaltando que a experiência internacional está mudando sua música. “Estou cada vez menos funkeiro. Sempre que viajo, volto com novas referências e misturo tudo isso no meu som”.
E as portas não param de se abrir para ele. “Só me atrapalha um pouco o nome artístico que adotei. Por causa do Pitbull, que herdei da equipe de som onde comecei, acham que sou brigão, mas eu sou um cara supertranquilo, caretão, nem álcool eu bebo”, diz.
Astral boa-praça, ele conta, quem também possui é Sérgio Mendes. “No encontro para a gravação de ‘País Tropical’, eu cheguei tímido, enquanto ele disparou, com um sorriso: “Você que é o Pitbull dos botões?!’. Me deixou bem à vontade, logo vi que o coroa não tem nenhuma marra”, relata.
Vigário Geral
“As aulas lá vão do disco de vinil ao iPod. E já dá para destacar vários talentos, como o David Fernando, um garoto de 19 anos que foi terceiro colocado na Olimpíada de Matemática das escolas públicas. Mixagem nada mais é que matemática pura. Ele chegou no curso dizendo que queria ser o DJ de sua comunidade. Hoje, ele olha para mim e fala: ‘Agora eu quero tocar em Londres, que nem você’”, conta.
Entre tantas atividades nacionais e internacionais, é o projeto na comunidade, chamado ‘Favela Studio’, o que mais encanta Sany Pitbull. “O que mais gosto de fazer é estar lá e ver os olhos daqueles moleques brilhando. Isso me completa mais que a possibilidade de tocar na abertura da Copa, pode acreditar”, garante o DJ.
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