segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Regulador nuclear japonês pede diálogo 'sincero' à operadora de Fukushima

Regulador nuclear japonês pede diálogo 'sincero' à operadora de Fukushima

Para que os reatores possam ser reativados, a autoridade nuclear deve garantir, com base nos novos padrões de segurança, que podem suportar desastres

EFE
Japão - O presidente da Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (NRA), Shunichi Tanaka, pediu nesta segunda-feira durante um encontro com o principal responsável da central de Fukushima, Naomi Hirose, um diálogo "sincero" para poder avançar na gestão da crise nuclear.
Tanaka fez o apelo ao presidente da central atômica durante o encontro realizado nos escritórios do regulador japonês em Tóquio.
O encontro aconteceu em um momento no qual a máxima autoridade nuclear japonesa expressou publicamente sua preocupação com a gestão da operadora Tokyo Electric Power (Tepco), sobretudo após uma concatenação de erros humanos e incidentes que propiciaram diversos vazamentos de água radioativa na usina.
Por sua vez, a Tepco entregou à NRA um relatório no qual analisa as causas dos últimos vazamentos radioativos na usina e propõe medidas para evitar novos incidentes.
Visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, à usina nuclear de Fukushima
Foto:  Efe
Durante sua reunião, o regulador mostrou suas dúvidas sobre como a Tepco pretende garantir a segurança da unidade Kashiwazaki-Kariwa, dada a redução de pessoal.
Neste sentido, a operadora de Fukushima apresentou no final de setembro uma solicitação para pedir uma inspeção de segurança de dois reatores dessa central de Niigata para poder reativá-los, um tema que segundo a agência "Kyodo" discutirão durante a reunião de hoje.
Para que os reatores possam ser reativados, a autoridade nuclear deve garantir, com base nos novos padrões de segurança vigentes desde julho, que são seguros e podem suportar desastres como o terremoto e tsunami de março de 2011 que provocou a crise nuclear.
Atualmente, o Japão está imerso em um blecaute nuclear total, pela segunda vez desde que foi decretada a crise em Fukushima, e depois que os dois únicos reatores em funcionamento, de Oi (oeste do país), foram desativados em meados de mês passado para as inspeções obrigatórias.

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